Qual é a importância da agricultura familiar para a economia brasileira?

03/04/2019 | Agrobrasília

Qual é a importância da agricultura familiar para a economia brasileira?
O setor é responsável por mais de 50% da comida que chega à nossa mesa e emprega 70% da mão de obra no campo.

A Agricultura Familiar contribui de forma significativa para a economia brasileira, movimentando cerca de R$ 55 bilhões por ano no país. O setor é responsável por mais de 50% da comida que chega à nossa mesa e emprega 70% da mão de obra no campo.

Além de impulsionar a economia, o sistema de agricultura local bem estruturado tende a contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores, como ocorre no Distrito Federal.

Um convênio firmado entre a Secretaria de Educação, a Secretaria de Agricultura, a Emater-DF e 16 cooperativas de produtores rurais irá levar produtos da agricultura familiar para a merenda escolar, beneficiando 480 mil alunos da rede pública de ensino e mais de 7 mil produtores rurais atendidos pela Emater-DF.

Das 16 cooperativas de produtores rurais, doze são do DF e quatro da Região Metropolitana, com o valor total de R$ 18,9 milhões. O convênio, que envolve 950 agricultores, estabelece que todas as 669 escolas públicas do Distrito Federal irão receber produtos da agricultura familiar para a merenda escolar, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), lembrando que é a primeira vez que 100% das escolas públicas do DF serão atendidas pelo programa. As compras são de frutas, verduras e legumes.

“Um produto da agricultura familiar tem maior qualidade, maior durabilidade e precisa seguir um alto padrão comercial”, afirma a extensionista da Emater-DF, Bruna Heckler. Ainda de acordo com o órgão, o número de itens do cardápio escolar ofertado foi aumentado.

Para Lúcio Flávio, diretor de Compras Institucionais da Secretaria de Agricultura do Distrito Federal, a parceria é de grande importância para o fomento e desenvolvimento socioeconômico dos agricultores. “Muitas famílias conseguiram melhorar suas moradias e comprar veículos e equipamentos depois que começaram a participar das compras públicas”, explicou.

AgroBrasília – A agricultura familiar, como vem ocorrendo a cada edição, tem um espaço garantido na Feira Internacional dos Cerrados. Neste ano, serão 14 circuitos de demonstração de tecnologias, em uma área de 50 mil m2, com temas de interesse dos pequenos agricultores, como: Fruticultura, Floricultura, Piscicultura, Agricultura orgânica, Horticultura, Saneamento rural, Organizações sociais e artesanato, Apicultura, Avicultura, Bovinocultura, Suinocultura, Equideocultura, Legislação ambiental e reflorestamento, e Crédito rural.

A agricultura familiar realmente é um importante pilar para a economia brasileira. Segundo dados do novo relatório da Organização das Nações Unidas, denominado “Estado da Alimentação e da Agricultura”, o segmento tem capacidade para colaborar na erradicação da fome mundial e alcançar a segurança alimentar sustentável.

Os números são impressionantes. Prova disso é que o setor produz cerca de 80% dos alimentos que chegam à mesa da população brasileira, como o leite (58%), a mandioca (83%) e o feijão (70%), representa 84% de todas as propriedades rurais e emprega, pelo menos, cinco milhões de famílias.

O Banco do Brasil, junto a outros agentes financeiros, é responsável por dar andamento às operações de crédito do Pronaf. Para a Safra 2017-2018, o Governo Federal, por meio da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, disponibilizou R$ 30 bilhões de crédito para o programa, com juros que variam entre 2,5% e 5,5%, ou seja, abaixo dos que são praticados no mercado.

Nunca é demais lembrar aos nossos leitores que as grandes propriedades rurais são voltadas para produção de commodities, grãos que abastecem as indústrias e o mercado externo. Em outras palavras, trata-se da monocultura, o que é prejudicial para o solo e, consequentemente, para o meio ambiente devido ao uso de uma quantidade muito grande de agrotóxicos. 

Já na agricultura familiar não. A produção é diversificada, realizada em pequenas propriedades, voltada para o mercado interno e com pouco ou nenhum uso de defensivos agrícolas.

Outra característica vantajosa é que esse segmento da economia agrícola não emprega uma grande quantidade de maquinários, algo mais comum nas grandes propriedades, o que acaba evitando a substituição do trabalhador do campo pelos equipamentos.

No Brasil, apenas 20% das terras agricultáveis pertencem aos pequenos produtores familiares, segundo dados do último Censo Agropecuário realizado em 2006, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo assim, a agricultura familiar é responsável por mais de 80% dos empregos gerados no campo, o que evidencia sua importância ao gerar renda local, fixar o homem no campo e diminuir, consideravelmente, as demandas nas cidades por saúde, educação, saneamento básico, entre outras.

Já segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o setor também preserva os alimentos tradicionais ou autênticos (aqueles produzidos quase que de maneira artesanal, sem grandes maquinários), protege a biodiversidade agrícola, já que esse modelo produtivo é associado à policultura, é a base econômica de 90% dos municípios com até 20 mil habitantes, absorve 40% da população economicamente ativa e responde por 35% do PIB nacional, segundo o referido Censo Agropecuário.

Em resumo, mesmo com um quinto das áreas agrícolas do Brasil, o segmento é responsável por cerca de um terço da produção total. Isso prova o grande índice de produtividade dos pequenos produtores brasileiros. A grande questão é a carência de incentivos públicos para esse setor e a grande concentração fundiária ainda existente em nosso país, fatores que dificultam a melhoria desses números.

No caso do Estado de Minas Gerais, por exemplo, há uma previsão de investimentos, para 2018, da ordem de R$ 10 milhões para a compra de alimentos nas secretarias e órgãos da administração direta. A Política de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar ( PAAFamiliar) poderá ficar com um volume de R$ 3 milhões, com as modificações na lei. Com as mudanças, as secretarias e órgãos estaduais ficam obrigados a fazer quase um terço das suas compras pelo programa, o que é excelente para dinamizar a economia local e melhorar a qualidade de vida dos mencionados agricultores.

Não há dúvida: a agricultura familiar é a verdadeira responsável pela geração de riquezas e de alimentos para o país. Promove o desenvolvimento socioeconômico e cultural das comunidades locais.
Incentivá-la é uma questão de bom-senso!

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Qual a importância da agricultura familiar para a economia do Brasil?

Os agricultores familiares têm importância tanto para o abastecimento do mercado interno quanto para o controle da inflação dos alimentos do Brasil, produzindo cerca de 70% do feijão, 34% do arroz, 87% da mandioca, 60% da produção de leite e 59% do rebanho suíno, 50% das aves e 30% dos bovinos.

Qual é a importância econômica e social da agricultura familiar?

A agricultura familiar representa um dos maiores setores da economia no País. De acordo com o último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2017, ela é responsável por 70% de todos os alimentos consumidos e produzidos no Brasil.

O que é e qual a importância da agricultura familiar?

A agricultura familiar corresponde à produção agropecuária realizada por pequenos produtores em que o sistema agropecuário é mantido pelo núcleo familiar e, no máximo, por alguns poucos funcionários assalariados. Essa prática refere-se, portanto, a pequenas propriedades rurais, nunca maiores que quatro módulos fiscais.

Qual a importância da agricultura familiar para o meio ambiente brasileiro?

Dessa forma, a agricultura familiar pode oferecer a produção de alimentos saudáveis, a partir de técnicas que ajudam a preservar a biodiversidade e o meio ambiente, além de assegurar o consumo de produtos naturais saudáveis e de qualidade sem deixar de lado o crescimento econômico.