Quanto ao bom relacionamento no trânsito Assinale a alternativa correta?

Um dos maiores desafios enfrentados hoje por grande parte da sociedade é a convivência no trânsito. Os conflitos existentes hoje neste meio se tornaram tão alarmantes que fez necessário um código de trânsito para tentar amenizá-los. Isto está ligado a uma série de fatores que com a própria convivência vai se tornando nítido, a exemplo disso é o grande inchaço automobilístico que se teve nos últimos anos, as pessoas estão cada vez mais possuindo meios de transportes individuais, e com tal inchaço a estrutura urbana não está apta a receber tantos veículos. E o que se tem diante disso é má relação das pessoas neste meio, onde estão presentes, o estresse, a pressa, ligada a falta de tempo, e o mais gritante de tudo, que é o individualismo.

 O ser humano está cada vez mais dotado de escolha própria, pensando somente em si, não enxergando aos que convivem a sua volta. No trânsito isso tem se refletido constantemente na forma com as pessoas se relacionam. O que poderia ser um espaço onde as pessoas pudessem trafegar livres e harmoniosamente, sejam motorizadas ou não sem invadir o espaço do outro, acaba tornando um local de rixas, de egoísmo e desrespeito. Um ambiente gerador de mortes, onde o direito de circular no transito que é de toda a coletividade passa a ser na mente de muitos, algo particular.

Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos, resulta em multa, suspensão do direito de dirigir, retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação, sendo considerada infração gravíssima. (CTB. Art. 170.)

No trânsito ninguém está sozinho. As leis não foram feitas apenas para alguns, mas para todos. Grande parte dos problemas de relacionamento humano no trânsito, ocorrem devido a uma série de fatores, tais como:

SUPERVALORIZAÇÃO DA MÁQUINA

Quanto melhor o veículo, mais direitos e menos deveres o condutor "acha" que tem. 

INVERSÃO DE VALORES

Muitas vezes o veículo acaba sendo utilizado como instrumento de força, vaidade e competição. 

FALTA DE CONTROLE EMOCIONAL DO INDIVÍDUO

O motorista acredita que só os seus problemas ou vontades contam e devem ser respeitados. 

EGOÍSMO:

Falta do pensar no coletivo. O condutor acredita que só ele conta, os outros não existem. 

DESCASO A NORMAS E REGULAMENTOS

Infelizmente a maioria pensa que a legislação de trânsito foi feita para os outros, não para mim. 

FALTA DE DOMÍNIO AOS IMPULSOS INDESEJÁVEIS

Dizer palavrões, fazer gestos obscenos,achar-se dono da rua.

USO INADEQUADO DOS MECANISMOS DE AJUSTAMENTO

Tentar dar sempre um "jeitinho" para fugir das leis de trânsito. 

FALTA DE PLANEJAMENTO - HORÁRIO – PERCURSO

Tentando recuperar o tempo perdido, apressando ou perturbando os outros condutores, alguns motoristas acabam se achando com mais direitos do que os demais. . 

DESCONHECIMENTO

Não conhecendo as leis de trânsito, sinalização, o seu veículo, etc. como o condutor poderá dirigir corretamente? 

DESRESPEITO AOS DIREITOS ALHEIOS:

Sempre que você cometer uma infração de trânsito estará ferindo direitos alheios.

Existem algumas atitudes que precisam ser incorporadas ao modo de dirigir de uma pessoa, para que ela interaja com o grupo de usuários responsáveis por um trânsito mais humano e mais seguro. São atitudes ancoradas no bom senso, no espírito de solidariedade e nos direitos e deveres próprios do cidadão consciente e democrático. Tais atitudes são:

·         Em vez de acelerar quando outro motorista pede passagem, diminua a velocidade e deixe-o passar; você não está disputando um lugar em um pódio;

·        Em vez de trafegar lentamente pela esquerda, dificultando a ultrapassagem, mude de faixa; circulando pela direita, você também chega lá;

·        Em vez de invadir a via preferencial de outro motorista, aguarde um pouco mais; freadas bruscas não são muito agradáveis;

·        Em vez de buzinar excessivamente no trânsito, mantenha a calma; você conhece alguém que goste do som de uma buzina?

·        Em vez de mudar bruscamente de pista, confira antes o retrovisor e use as setas; você não anda sozinho pelas ruas;

·        Em vez de correr na chuva, ignorando o risco da pista molhada, diminua sempre a velocidade; o aumento da ocorrência de acidentes por causa do mau tempo não é mera coincidência;

·        Na hora de estacionar, em vez de “esquecer” o seu carro em fila dupla, atrapalhando os outros, ande um pouco mais; há sempre uma vaga livre adiante;

·        Em vez de ficar atrás de um carro que está indicando que vai virar à esquerda, ultrapasse pela direita; essa é a única exceção à regra de ultrapassagem, que deve sempre acontecer pela esquerda;

·        Em vez de carregar o capacete no braço, use-o na cabeça; é seguro e está prevista no Código a obrigatoriedade do uso;

·        Em vez de “furar” o sinal que acabou de ficar vermelho, aproveitando-se da lógica insensata de que “o pedestre espera”, pare o carro antes da faixa de segurança; o respeito ao próximo vem muito antes das leis de trânsito.

Finalmente, o princípio da corresponsabilidade pela vida social, que diz respeito à formação de atitudes e a aprender a valorizar comportamentos necessários à segurança no trânsito, à efetivação do direito de mobilidade a todos os cidadãos e o de exigir dos governantes ações de melhoria dos espaços públicos. Comportamentos expressam princípios e valores que a sociedade constrói e referenda e que cada pessoa toma para si e leva para o trânsito. Os valores, por sua vez, expressam as contradições e conflitos entre os segmentos sociais e mesmo entre os papéis que cada pessoa desempenha. Ser "veloz", "esperto", "levar vantagem" ou "ter o automóvel como status", são valores presentes em parte da sociedade. Mas são insustentáveis do ponto de vista das necessidades da vida coletiva, da saúde e do direito de todos. É preciso mudar.

Vil. Becker