Que diferenças existem entre a forma de representar o território em mapa do século 16 como é a maneira de fazer os mapas atuais?

Em 1967, o ge�grafo brasileiro Pedro Pinchas Geiger prop�s uma divis�o regional do pa�s, em tr�s Regi�es Geoecon�micas ou Complexos Regionais.

Esta proposta se baseia no processo hist�rico de forma��o do territ�rio brasileiro, levando em conta, especialmente, os efeitos da industrializa��o. Dessa forma, ela busca refletir a realidade do pa�s e compreender seus mais profundos contrastes. De acordo com Geiger, s�o tr�s as regi�es geoecon�micas: Amaz�nia, Centro-Sul e Nordeste.

Essa organiza��o regional favorece a compreens�o das rela��es sociais e pol�ticas do pa�s, pois associa os espa�os de acordo com suas semelhan�as econ�micas, hist�ricas e culturais.

Diferentemente da divis�o proposta pelo IBGE, os complexos regionais n�o se limitam apenas �s fronteiras entre os Estados. Nessa regionaliza��o, o norte de Minas Gerais, por exemplo, encontra-se no Nordeste, enquanto o restante do territ�rio mineiro est� localizado no Centro-Sul.

Essa organiza��o regional � muito �til para a geografia, pois oferece uma nova maneira de entender a hist�ria da produ��o do espa�o nacional.

Palavras-chave: Pedro Pinchas Geiger. Regi�es Geoecon�micas. Complexos Regionais. Divis�o Regional. Brasil. Amaz�nia. Centro-Sul. Nordeste. Econ�mia. Hist�ria. Cultura.

A Cartografia é a área do conhecimento que se preocupa em produzir, analisar e interpretar as diversas formas de se representar a superfície, como os mapas, as plantas, os croquis e outras composições. Ela é abordada tanto como uma ciência como uma expressão de arte, uma vez que também permite a produção de imagens e construções culturais sobre os espaços por ela representados.

Em algumas definições, a cartografia também é entendida como sendo o conjunto de técnicas resultantes da observação direta ou indireta (através do uso de imagens ou aparelhos) para documentar, retratar e representar os espaços natural e geográfico para a produção de cartas, mapas, plantas, maquetes e outros documentos.

Além disso, existem proposições que não consideram a cartografia nem como arte e muito menos como ciência, mas sim como método acadêmico-científico, uma vez que os mapas seriam apenas os meios ou instrumentos para a compreensão da realidade e não uma finalidade em si mesma.

Diferenças conceituais à parte, a produção de mapas e desenhos para a representação do espaço é muito antiga. O mapa mais antigo que se tem notícia data de 2.500a.C., confeccionado na Babilônia sobre uma placa de argila para representar a localização de um rio que, segundo especialistas, trata-se do Eufrates.

De lá pra cá, muita coisa mudou, a tecnologia transformou as ciências e as sociedades e a Cartografia moderna se constituiu com o aprimoramento na medição e relação entre distâncias e medidas. Ao longo do século XVI, a produção de mapa conheceu um de seus maiores saltos qualitativos, quando a demanda por cartas náuticas se elevou em função das expansões ultramarinas europeias, muito recorrentes em uma época que ficou conhecida como o período das Grandes Navegações.

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Tempos depois, os avanços tecnológicos relacionados às três revoluções industriais permitiram um aprimoramento das técnicas cartográficas, sobretudo na produção de imagens a partir de fotografias aéreas, procedimento denominado aerofotogrametria. O desenvolvimento dos satélites e do Geoprocessamento foram (e ainda são) fundamentais para o aperfeiçoamento dos mapas e a função de representar o espaço geográfico.

Na presente seção, abordaremos alguns temas referentes ao tema em tela, sobretudo aqueles que dizem respeito ao entendimento dos mapas, haja vista que a sua correta leitura se faz necessária tanto para a Geografia quanto para outras ciências, como a História. Esperamos, com isso, oportunizar um aprendizado sobre temas como os tipos de mapas, os elementos cartográficos, a noção de escala, as representações cartográficas e muitos outros.

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Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Os mapas temáticos são representações gráficas da superfície terrestre ilustradas de acordo com algum critério preestabelecido. Para designar os diferentes aspectos do espaço geográfico, utilizam-se as legendas e os símbolos a elas correspondentes para espacializar determinados fenômenos.

Mais do que apenas realizar descrições espaciais sobre determinadas atividades ou fenômenos naturais, os mapas temáticos também possuem o mérito de apresentarem formas distintas de leitura e interpretações da realidade, ofertando ao seu leitor uma melhor noção das manifestações sociais e da natureza, como as atividades culturais de uma região ou os índices pluviométricos de um país.

Portanto, a produção dos mapas temáticos vai muito além da representação das áreas e suas formas, trata-se de reinterpretações dessas para melhor descrever dados e fenômenos. A seguir, os principais tipos de mapas temáticos.

Mapas históricos: como o próprio nome indica, esse tipo de mapa representa algum acontecimento histórico nas suas mais variadas escalas. Eles necessitam de um título que aponte o período de sua ocorrência para melhor situar o leitor quanto ao contexto de época das informações descritas.

Alguns mapas históricos também possuem a importante função de descrever como era realizada a técnica da cartografia em tempos pretéritos, bem como a visão de mundo que se tinha antigamente, antes do descobrimento das Américas, por exemplo.

Que diferenças existem entre a forma de representar o território em mapa do século 16 como é a maneira de fazer os mapas atuais?

Mapa do mundo colonial existente em 1945 ¹

Mapas demográficos: são elaborados para descrever dados relacionados com a população de um determinado território. Podem explicitar a quantidade de habitantes, a localização, a densidade de ocupação ou os fluxos migratórios.

Mapas econômicos: descrevem as atividades econômicas e a apropriação do espaço geográfico por elas realizada. Os mapas econômicos são importantes na compreensão de temas como a expansão da agropecuária, a localização industrial, a disponibilidade e a extração de recursos naturais, os sistemas de produção de energia, o conjunto de meios de transporte existente em um território, entre outras questões.

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Que diferenças existem entre a forma de representar o território em mapa do século 16 como é a maneira de fazer os mapas atuais?

Mapa-múndi do uso da terra ²

Mapas físicos: apontam a localização e a distribuição de elementos naturais, dividindo-se em vários subtipos, como os mapas topográficos (formas de relevo), os hidrográficos (cursos d'água), os hipsométricos (variações de altitudes), climáticos (variações atmosféricas), dentre tantos outros. Com eles, é possível realizar ações de planejamento de atividades econômicas ou de formas de ocupação e transformação dos solos.

Mapas políticos: descrevem as delimitações territoriais de países, estados e municípios, com as delimitações de suas fronteiras. Estas não existem na natureza, tratam-se de uma construção intelectual humana representada cartograficamente para a melhor compreensão das divisões do espaço geográfico mundial.

Para produzir esses diferentes tipos de mapas, os cartógrafos e geógrafos utilizam técnicas e ferramentas de extrema importância, como a localização geográfica, as escalas ou até a distorção de determinadas características do espaço. Nesse sentido, mais do que apenas representações, os mapas funcionam como documentos e visões de mundo.

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¹ Mapa adaptado de Penarc e Wikimedia Commons

² Fonte: IBGE. Atlas Geográfico Escolar. 6ª ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2012. p.65.


Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia

Que diferenças existem entre a forma de apresentar um território e mapas do século 16 como este é a maneira de fazer os mapas atuais?

Embora a imagem esteja ausente, de modo geral os mapas do Século XVI eram diferentes dos mapas atuais por serem menos precisos (eram produzidos mais de maneira artesanal, sem acesso a ferramentas de altíssima precisão, como os modernos satélites) e por representarem outra realidade política.

Que diferença você percebe entre os mapas atuais e este mapa do século XVI?

Diferentemente deste mapa do século XVI, atualmente os mapas não são mais desenhados nem tão ornamentados. São elaborados em computadores, possuem ricos e precisos detalhes e, geralmente, apresentam as informações separadas para melhor visualização (mapas hidrográfico, climático, de relevo, entre outros).

Que diferença existe entre a confecção de mapas no passado e no presente?

Resposta verificada por especialistas Com a invenção da imprensa, começaram a ser feitos e em originais de pedra ou metal e em seguida impressos em papel. Hoje, são desenhados em computador e podem ser analisados diretamente na tela antes de serem impressos.