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A mesma coisa que ocasionou o permiano pode acontecer

pintura de john martin descrevendo o apocalipse (Foto: wikimedia commons)

A vida na Terra está entrando a maior extinção em massa desde a morte dos dinossauros, de acordo com um novo estudo - e os humanos podem estar dentro da lista de espécies ameaçadas. Uma perda catastrófica de espécies deixaria um buraco enorme nos ecossistemas do mundo, e todos os tipos de vida provavelmente evoluiriam para preencher os buracos deixados para trás. 

Para considerar com o que estamos lidando quando falamos de extinções em massa, podemos olhar para o passado. Existiram cinco extinções em massa (conhecidas) na história da Terra - mas eu e meus colegas, recentemente, propusemos uma sexta - comprando taxas atuais de mudanças geológicas com as outras cinco, sugerimos que os sinais são claros.

Então vamos ser pessimistas e assumir que o apocalipse vai acontecer. Como a Terra vai ficar depois dele?

A maior crise na história

A fronteira Permiano-Triássica (251 milhões de anos atrás) foi a maior crise na história da Terra, quando pelo menos 90% das espécies morreram. Até os insetos sofreram grandes perdas - a única extinção em massa na longa história deles.

O evento é atribuido aos efeitos das 'armadilhas siberianas' - grandes despejos de lava vulcânica associadas com gases do efeito estufa onde, hoje, é a Rússia. Isso levou ao aquecimento global, acidificação dos oceanos, falta de oxigênio nos oceanos e envenenamento por metais tóxicos, como o mercúrio. É como as mais terríveis previsões climáticas que temos hoje, pioradas.

As poucas espécies que sobreviveram deram origem à toda vida que temos hoje - e não houve nenhuma profunda reestruturação dos ecossistemas desde então, talvez porque a 'sobrevivência do mais forte' fez com que seus descendentes fossem mais tolerantes às mudanças globais. 

E como era o planeta no início do Triássico? Era quente - bem quente - e aparentemente sem vida em várias áreas. As temperaturas na superfície dos oceanos podiam chegar a 45°C nos trópicos. No grande deserto da Pangeia, a temperatura era ainda mais quente.

O calor fez com que animais terrestres, répteis marinhso e peixes desaparecessem dos nossos dados de fósseis por milhões de anos, a não ser em grandes latitudes, onde acreditamos que era um pouco mais fresco. Na verdade, existem várias lacunas no início do Triássico.

A grande massa do carvão mineral, hoje, vem de várias camadas de samambaias Glossopteris - uma casualidade proemintente, cuja perda levou a um intervalo de 12 milhões de anos.

Aliás, atribuímos ao início do Triássico um aumento na produção de fungos. Notamos que as rochas da época contêm um grande número de esporos, o que atribuímos a enorme quantidade de animais e plantas mortos - comida para os fungos. O calor, a chuva ácida e a destruição do solo (que provavelmente cheirava à baunilha), deve ter deixado boa parte do planeta inabitável. 

Sem plantas não há comerdores de plantas. Sem herbívoros não havia carnívoros. Um dos poucos 'grandes' sobreviventes terrestres foi o lagarto Lystrosaurus, um vegetariano esquisito que, na ausência de predadores e de competidores, se diversificou com sucesso no Triássico.

A mesma coisa que ocasionou o permiano pode acontecer

o lystrossaurus (Foto: wikimedia commons)

O massacre foi ainda pior nos oceanos, onde 96% das espécies foram extintas. A perda de corais que constroem recifes levou a um período sem recifes de 10 milhões de anos. E pense em um mundo sem recifes, sem toda a vida diversa e abundante que esse ecossistema possui. 

Mas a Terra não era, de todo, sem vida - e assim como o Lystrosaurus, existiram histórias de sucesso no mar, mesmo em meio ao horror. O gênero claraia, de bivalves, foi um oportunista que sobreviveu e, rapidamente, se diversificou para preencher as vagas deixadas no ecossistema do fundo do mar pelos Brachiopodas, que dominavam o fundo dos mares. Os membros do claraia eram valentões e podiam suportar níveis de oxigênio baixos - um traço importante para a sobrevivência na época, como você pode imaginar. 

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fósseis do gênero claraia (Foto: wikimedia commons)

O apocalipse dos dinossauros

Talvez a extinção mais famosa foi a que levou os dinossauros (não-aviários) há cerca de 66 milhões de anos, na fronteira entre o Cretáceo e o Terciário. Além de vítimas famosas, como o Tiranossauro Rex, a virada dos plânctons na outra ponta da cadeia alimentar causou o fim da formação das famosas colinas de giz do Cretáceo que são espalhadas pela Europa. 

Seja por meio de um meteorito, de erupções vulcânicas gigantes ou um pouco dos dois, a morte dos dinos, em comparação com a perda do cenário Permiano-Triássico, foi mais modesta: cerca de 75% das espécies globais foram perdidas. Mas, no último caso, a Terra provavelmente se virou mais rápido ou, como 158 milhões de anos antes houve a extinção em massa, a vida se adaptou rapidamente, evoluindo com o estresse. 

Claro que dinossauros não estão exatamente extintos. Os pássaros estão aí, descendentes dos poucos sobreviventes do evento entre o Cretáceo e o Tericário - e ninguém pode negar o seu sucesso evolutivo nos outros 66 milhões de anos após o adeus do T.Rex (que tinha jeito de galinha).

Crocodilos e jacarés - os parentes vivos mais próximos dos pássaros - estão entre os sobreviventes. Enquanto é claro que a habilidade dos pássaros de voar até locais mais calmos e com fartura de alimento permitiu que eles prosperassem depois da extinção em massa, ainda não sabemos porque os crocodilos sobreviveram. Teorias sugerem que seus corpos de sangue frio, as águas frescas de seu habitat e até seu QI alto permitiram isso. 

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(Foto: reprodução)

As boas novas: mesmo com toda essa morte e destruição a Terra sempre se recupera, mesmo que tenha sofrido bastante. Sem extinção, não há evolução - as duas estão ligadas profundamente. 

Os primeiros dinossauros evoluíram 20 milhões de anos após as perdas do período Permiano-Triássico. A evolução deles certamente foi motivada por um resfriamento do clima durante o "Evento Pluvial Carniano" (quando, basicamente, choveu bastante), nova vegetação e vários espaços para colonizar. 

Dinossauros viveram por 165 milhões de anos antes de seu fim, mas sem a sua morte, humanos provavelmente não estariam aqui pra causar seu próprio dano. Mamíferos, é claro, foram os maiores beneficiados com a queda dos dinos.

Se os humanos estão, de fato, condenados, não estaremos por aqui para ser o que irá evoluir e nos substituir. Mas, tenha certeza, nós geólogos não nos levamos muito a sério - sabemos que a Terra é maior do que nós e que vai sobreviver. 

>>> Para quem quer saber mais sobre a 'sexta extinção em massa'

*David Bond é professor de geologia na Universidade de Hull
Esse texto foi publicado primeiramente no The Conversation. Leia o artigo original aqui. 

O que vem depois do Permiano?

Após este período surge o Triássico, que faz parte da Era Mesozoica e caracteriza-se pela hegemonia dos répteis na Terra, principalmente com a aparição dos primeiros dinossauros.

O que provocou a extinção do Permiano e quais suas consequências para evolução?

Globalmente, a extinção do final do Permiano marca o desaparecimento de 50% das famílias e 80-95% das espécies viventes. As causas mais divulgadas levam em conta mudanças climáticas, aumento da concentração de elementos químicos, intervalos de anoxia e impacto de meteoritos.

O que causou a extinção do Permiano?

Nesse caso, a grande extinção do Permiano teria sido causada pelo aquecimento do clima, enquanto a do Cretáceo seria decorrente do esfriamento.

Qual a importância da extinção do Permiano para a evolução da vida na Terra?

Durante cerca de um milhão de anos, a cada dia, os organismos pereciam, pois quase nenhum habitat foi mantido intacto após o desastre conhecido como extinção em massa do Permiano-Triássico. O mundo se modificou para sempre ao fim da catástrofe — e as condições se tornaram propícias para o início da Era dos Répteis.