Consequências da destruição da floresta Amazônica

Atualmente, é grande o desmatamento na floresta amazônica, que vem cedendo espaço para lavouras e pastos, provocando diversos impactos ambientais.

A floresta Amazônica ocupa hoje uma área 6,5 milhões de km², revestindo nove países da América do sul (Brasil, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa) com a maior floresta tropical do mundo. Rica em biodiversidade e com uma grande quantidade de reserva de água doce, a Amazônia é muito importante tanto para os países em que está localizada quanto para o equilíbrio do meio ambiente mundial, mas, apesar disso, nas últimas décadas tem sofrido uma devastação gradativa que pode comprometer a existência desse importante bioma.

O Brasil possui a maior área dessa floresta, cerca de 85% da floresta Amazônica está no território brasileiro e, embora a floresta Amazônica brasileira seja o bioma mais preservado do Brasil, os índices de desmatamento são alarmantes. Estima-se que de 10% a 30% da área coberta pela floresta legal já tenha sido desmatada. Segundo o IBGE¹, somente entre os anos de 1997 a 2013 foram desmatados cerca de 248 mil km² da floresta no Brasil, que corresponde à, aproximadamente, área do estado de São Paulo. Outras estimativas acreditam que no ritmo de exploração atual a amazônia pode desaparecer quase totalmente em 40 anos.

A principal causa do desmatamento da amazônia é a ocupação de áreas de reserva florestal por diversas empresas estrangeiras e nacionais que são atraídas para a região por incentivos do governo, que visa dinamizar a economia da região norte, e que, por falta de fiscalização adequada, acaba por desmatar ilegalmente grandes áreas de reserva florestal. Como a região norte é a nova fronteira agrícola do país, as atividades econômicas relacionadas ao espaço agrário vem sendo as principais responsáveis pelo desmatamento da Amazônia.

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Assim, em busca de um desenvolvimento econômico que favoreça uma pequena parcela da população e que não é revertido em qualidade de vida para a população, a floresta amazônica vai dando lugar a pastagens e lavouras. Provocando uma série de impactos para o meio ambiente do Brasil e do mundo, dentre eles estão:

  • a perda de biodiversidade, uma vez que várias espécies de plantas são desmatadas. Além disso, algumas espécies de plantas e animais não conseguem sobreviver nas pequenas áreas florestais que restam.

  • Impactos no ciclo hidrológico da região, uma vez que as árvores exercem uma função fundamental no processo de infiltração e percolação da água no solo.

  • Empobrecimento do solo exposto, que passa a ser mais lixiviado pela água.

  • Erosão, já que, em razão da exposição, o solo fica mais suscetível à ação da chuva e acaba sendo transportado com mais facilidade.

  • Modificação no clima mundial. As árvores são as grandes responsáveis pela absorção do gás carbônico da atmosfera, com o desmatamento aumenta-se a quantidade de CO2 na atmosfera, impactando assim o clima mundial.

    Dessa forma, é extremamente importante conter a ocupação e o desmatamento na amazônia, pois, mais do que o equilíbrio ambiental de um bioma, sua preservação contribui com o equilíbrio ambiental mundial.

Notas: ¹ SANTOS, Walter. Desmatamento na Amazônia equivale ao estado de São Paulo.


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O Brasil é conhecido como o país mais biodiverso do mundo. Parte dessa fama vem da Amazônia, que abrange cerca de 59% do território brasileiro. Além do Brasil, a floresta entra nos territórios do Peru, Bolívia, Equador, Colômbia e Venezuela. No território nacional, ela compreende dez estados – Amazonas, Acre, Pará, Amapá, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e Tocantins – e é distribuída por 775 municípios.

O conceito de Amazônia Legal foi criado em 1966 e a área compreende 5 milhões de quilômetros quadrados. A floresta representa 67% das florestas tropicais do mundo, compreende um terço de todas as florestas do globo e responde por 20% do total de água doce do planeta. Em comparação com um país, a Amazônia Legal ocuparia o 6º lugar no ranking de maior extensão territorial.

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Consequências da destruição da floresta Amazônica

Consequências da destruição da floresta Amazônica

Ao mesmo tempo em que a Amazônia representa a magnitude da natureza e a riqueza de recursos naturais, nos últimos anos, virou motivo de grande preocupação. Altos índices de desmatamento e devastação preocupam ambientalistas, representantes do setor privado e público alinhados à causa da preservação ambiental. No entanto, é necessário construir um esforço integrado, com estratégia e investimento por parte do poder público, para fiscalizar e controlar o desmatamento ilegal na região.

As causas para o desmatamento na Amazônia são diversas e complexas. Há questões econômicas, sociais, políticas e ambientais que fazem parte da realidade de quem vive na região. De acordo com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), em abril de 2021, o desmatamento na Amazônia Legal atingiu 778 quilômetros quadrados, o maior valor da série histórica para o mês dos últimos 10 anos.

De acordo com os dados, que são do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), os estados com maior área desmatada são o Amazonas, com 28%, seguido pelo Pará, com 26%, Mato Grosso, com 22%, Rondônia, com 16%, Roraima, com 5%, Maranhão, com 2%, e Acre, com 1%. Além do alto índice em comparação com a série histórica dos últimos dez anos, o número também representa um aumento de 45% em relação a abril de 2020, quando o desmatamento somou 536 quilômetros quadrados.

As causas para o desmatamento na Amazônia são diversas e complexas — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Entre os principais motivos para o desmatamento está a ocupação ilegal de terras públicas por meio da grilagem. De acordo com uma nota técnica divulgada pela Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), até o fim de 2020, 18,6 milhões de hectares de florestas públicas, o equivalente a 32% de sua área total, foram declarados ilegalmente como propriedade particular no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (CAR). Além do registrado em 2020, no primeiro trimestre de 2021, 33% do desmatamento na região ocorreu em áreas de florestas públicas não destinadas, sendo que 98% ocorreram nas florestas sob responsabilidade da União.

O ciclo do desmatamento é um sistema que se repete ano após ano. Depois da invasão da terra e da derrubada das árvores, os criminosos vendem a madeira com valor comercial. Após a extração dos principais materiais de interesse dos invasores, a forma de “limpar” a área é pelo uso de fogo: 18% dos focos de calor nos mesmos anos de referência na nota técnica foram identificados nas mesmas regiões de florestas públicas não destinadas.

De acordo com a nota técnica do IPAM, “o desmatamento ilegal das florestas representa uma forte ameaça ao equilíbrio climático da região, com consequências negativas diretas para a produção agrícola, a proteção de recursos hídricos, o controle de incêndios e bem-estar da população”. Ainda segundo o documento, “o avanço da destruição pode agravar ainda mais a já́ debilitada imagem do Brasil perante a comunidade internacional e de investidores”.

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