Explique como é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental

Conciliar desenvolvimento econômico e conservação da natureza é o dilema dos governantes, das organizações empresariais e da sociedade neste século.

Este tema tem levantado o interesse em diversos fóruns como, por exemplo, a Sustainable Development Solutions Network (Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável) em 2015, que realizou encontro entre chefes de Estado e Governos de diversos países. Naquela ocasião foi estabelecido um plano de ação para 2030, contemplando dezessete metas globais prioritárias de desenvolvimento sustentável, denominadas então Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Neste contexto, travou-se debate no âmbito global visando defender a obtenção de resultados concretos, mensuráveis, mediante a adoção de práticas que, alinhadas às premissas de sustentabilidade, poderiam ser destacadas. Dentre elas, aquelas com vistas à defesa do meio ambiente e a qualidade de vida urbana.

No cenário corporativo, o tema tem sido fortalecido, mediante debate de organizações que apoiam e incentivam o setor empresarial incorporar em seus planos e ações compromissos com vistas a implementação dos ODS nas estratégias de negócios.

Nesta direção, destaca-se a Red Española para el Desarrollo Sostenible (REDS), Rede Brasil do Pacto Global, dentre outras.

Ademais a presente pesquisa, pretende contribuir com ampliação do debate quanto à implementação da agenda 2030, por organizações empresariais.

Estudos demonstram que, desde o ano 2017, em certos segmentos, passou-se a desenvolver práticas coadunadas com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque especial para as ações que incentivam a qualidade de vida urbana de seus trabalhadores.

Por outro lado, pensamos que as ações de fomento e iniciativas de maior responsabilidade socioambiental, e desenvolvimento e difusão de tecnologias inovadoras e sustentáveis, poderiam ser mais incentivadas e ampliadas sua adoção por esta organização, como um compromisso a ser perseguido com vistas à Agenda 2030.

Estudos de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) são evidenciados desde os anos de 1950 quando se iniciou a escrever de maneira mais formal sobre o tema, (Carrol, 1999). Entretanto esta temática teve intensificação a partir da década de 1990 quando algumas pesquisas acadêmicas avançaram nesta direção.

Atualmente, essa discussão tem evoluído e se situa como um dos pilares da análise no âmbito das organizações empresariais. Inclui tanto a sociedade como as empresas, no sentido de que as práticas adotadas tenham como finalidade intervenções socioambientais, (Lizarzaburu y Brio, 2016; Demeterko, Lucas, Sehnem, 2015).

A partir disto o tema avançou para uma diversidade de conceitos, pesquisas acadêmicas, e estudos de casos.

Para além disto, tem sido difundido mundialmente por um universo de instituições de representatividade internacional, por exemplo: Banco Mundial, Organização para a cooperação e Desenvolvimento econômico (OCDE) e Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo Ruggie (2003) a RSC em muitos aspectos é inter-relacionada com o processo de globalização e a crescente necessidade de assegurar suas dimensões humanas e ambientais.

Para o instituto ETHOS (2011), a RSC é, ou deveria ser, um compromisso permanente dos empresários por adotar um comportamento ético com vistas a contribuir com o desenvolvimento econômico, melhorando ao mesmo tempo a qualidade de vida de seus empregados, famílias e comunidade em que a organização esteja inserida.

Importa destacar estudos que tem contribuído com a temática RSC no contexto empresarial, por exemplo, Jackson y Apostolakou (2010), investigou as informações de RSC em 274 empresas que integravam países membros da OCDE. Cintra (2011) discutiu a sustentabilidade e preocupação com questões ambientais no mundo corporativo, o estudo analisou a integração da sustentabilidade com as práticas de controle gerencial e divulgação dos relatórios de empresas.

Galego-Álvarez, Formigoni, Antunes, (2014) analisou as práticas de RSC em 500 empresas brasileiras, o estudo apontou que a variável correspondente as práticas ambientais são as de maior evidencia nas empresas localizadas na região Norte do Brasil, e práticas sociais e comunitárias tem destaque principalmente nas regiões sul e nordestes do país.

O estudo de Lizarzaburu y Brio (2016), o qual propôs um modelo teórico que relaciona a RSC e a reputação corporativa do setor financeiro, baseia-se na confiança dos investidores através de um estudo de caso em empresas do setor financeiro de países em desenvolvimento.

Ademais registra-se a pesquisa desenvolvida por Madueño, Jorge, Sancho y Martínez-Martínez (2016) onde realizaram análise exploratória para conhecer o nível e grau de implementação de desenvolvimento de práticas de RSC em pequenas e médias empresas.

Especificamente no segmento de serviços contábeis, Starosky Filho, Pfitscher e Freitas (2011, p. 84) realizaram um estudo de caso, em uma empresa de contabilidade com vistas a gestão socioambiental, os autores investigaram como eram desenvolvidas as práticas de sustentabilidade ambiental e responsabilidade social voluntária de uma empresa objeto de estudo.

Aquela pesquisa demonstrou que há demandas constates por inovação e adoção de práticas de sustentabilidade.

Segundo os autores, na atualidade o ambiente empresarial globalizado tem requerido como um dos aspectos atribuídos às empresas tidas como responsáveis, a adoção de práticas sustentabilidade.

Nesta direção, Azevedo Sanchez y Portella (2016), realizaram estudo inspirado nas metas do Desenvolvimento Sustentável propostos pela ONU no Pacto Global (PG), especificamente os compromissos que têm como referência a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde foi diagnosticada adoção de RSC no quesito práticas de sustentabilidade ambiental adotada por empresas de serviços contábeis.

Para realização desses estudos, os autores mapearam 39 organizações brasileiras. Os achados da pesquisa apontaram que as ESC objeto da investigação têm desenvolvido esforços para adoção tais práticas. Por outro lado, há ações que poderiam ser mais incentivadas e ampliadas sua adoção por este segmento.

A partir do discutido, pode-se constatar que a RSC é uma forma de direcionamento das empresas para que adotem práticas com vistas ao desenvolvimento sustentável, por exemplo, mediante informes e comunicações das ações em prol do meio ambiente e sociedade.

Nesta direção, é possível constatar alguns agentes que apoiam as empresas com suas estratégias socioambientais, como é o caso das descritas no Pacto Global das Nações Unidas, Rede de 5 Soluções para o Desenvolvimento Sustentável com a disseminação dos compromissos da Agenda 2030, constantes nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

O que representa um desafio para as ESC, buscar inovação e práticas neste contexto associada à otimização dos resultados.

Recorde-se que as organizações empresariais podem contar com uma série de iniciativas para apoiar suas ações e estratégias socioambientais, que culminam com a divulgação das práticas de RSC com vistas a consecução realizável de um desenvolvimento sustentável objetivo.

Baptista e Castelo Branco (2015, p. 82) reforçam este entendimento ao discutirem que dentre os principais instrumentos que as empresas podem utilizar para se envolverem na Responsabilidade Social Empresarial (RSE) e comunicarem as suas atividades socialmente responsáveis refere-se ao Pacto Global da Organizações das Nações Unidas (PG-ONU) e as diretrizes para a elaboração de relatórios de sustentabilidade da Global Reporting Initiative (GRI).

Estes autores argumentam que em relação ao PG-ONU, direcionam as organizações para estabelecerem suas práticas de RSC. Cabe destacar, que de acordo com a UN (2018), todas as empresas poderão contribuir com os ODS, embora esta organização compreenda que inicialmente as organizações deverão adotar as diretrizes do Pacto Global e buscar oportunidades para resolver desafios sociais através da inovação de negócios e colaboração.

Neste diapasão, a ONU (2018) diz ainda que para as empresas que querem fazer avançar na agenda 2030 dos ODS, o trabalho começa em agir de forma responsável, incorporando os dez princípios do Pacto Global amplamente nas estratégias e operações, e entender que as boas práticas ou a inovação em uma área não pode fazer-se em detrimento de outras.

Para coadunar as premissas do PG-ONU, é valido ressaltar que a Agenda 2030, mediante os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável poderá contribuir, pois em seus 17 (dezessete) compromissos à adoção contínua de práticas Responsabilidade Social Corporativa (RSC) é reforçada continuamente.

Recorde-se que a “Agenda 2030” tem como pressupostos orientar os países e partes interessadas, o que inclui as organizações empresariais a envidarem esforços entre os anos de 2016-2030 mediante um planejamento de ações, que tem como desafio a implementação de estratégicas direcionadas ao alcance da sustentabilidade e resiliência.

Recorde-se ainda, nestas rápidas pinceladas, que a “Agenda 2030” tem como pressupostos orientar os países e partes interessadas, o que inclui as organizações empresariais a envidarem esforços entre os anos "2016-2030" mediante um planejamento de ações, que tem como desafio a implementação de estratégicas direcionadas ao alcance da sustentabilidade e resiliência.

Nunca é demais notar que já estamos no ano de 2021, em meio a uma terrível pandemia que pode ter como origem, a interferência humana no meio ambiente... 

Importa ainda explicar que este documento, foi aprovado publicado em setembro/2015 pela United Nations - UN (2015) por ocasião da 4ª seção plenária em assembleia geral (UN. 2015).

No ambiente empresarial a implementação da “Agenda 2030”, possibilitará construir alianças para o desenvolvimento sustentável. Ademais, representará uma oportunidade de alavancar os negócios (UN,2015; SDG Compass, 2018).

As entidades integrantes do SDG Compass (2018) recordam que para transformar os desafios em oportunidades será preciso compreender de forma bem estruturada as implicações das novas metas para o setor produtivo.

Por fim, esta organização propõe instrumentos e ferramentas para que o setor corporativo possa colocar a sustentabilidade como centro de suas estratégias (SDG Compass, 2018), bem como objetivando a concretização dos compromissos da Agenda 2030 que, desse modo, poderão ser direcionados para aplicação no ambiente corporativo.

Como é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental?

Aumentando a rede de esgoto e criando estações de tratamento para os dejetos, além de melhorar as condições de vida da população, ajuda a preservar o meio ambiente e melhorar as condições climáticas. Tratar os resíduos industriais é essencial para proteger a natureza e evitar desastres ambientais.

Qual a importância da preservação ambiental para o desenvolvimento econômico?

A conservação ambiental defende o desenvolvimento sustentável da humanidade, para assim garantir uma melhor qualidade de vida para as gerações presentes e as futuras, priorizando o uso racional dos recursos renováveis e causando a menor agressão possível ao ambiente explorado.

Qual a relação entre desenvolvimento econômico e meio ambiente?

O desenvolvimento não se mantém se a base de recursos ambientais se deteriora. Por sua vez, o meio ambiente não pode ser protegido se o crescimento econômico não levar em consideração as conseqüências de uma destruição ambiental global.

Por que tem sido difícil conciliar desenvolvimento industrial e preservação ambiental?

Entretanto, o crescimento desordenado e o elevado padrão de consumo têm causado impactos que reduzem o potencial do meio ambiente, como por exemplo: o aquecimento da atmosfera, o crescimento dos níveis dos oceanos, a poluição das águas, a erosão do solo e a acelerada extinção das espécies.