Faça uma pesquisa e descubra outra doença transmitida da mesma forma que a amebíase

Índice

  • 1 O que é amebíase?
  • 2 Como é feita a transmissão?
  • 3 Quais são os principais sintomas?
  • 4 Como é o tratamento para amebíase?
  • 5 Profilaxia da Amebíase
    • 5.1 Posts relacionados

Quer saber tudo sobre a Amebíase? Você veio ao lugar certo! Neste conteúdo, saiba o que é amebíase, como é a sua transmissão, principais sintomas, tratamento e muito mais!

Esse conteúdo foi feito por:

Isabela Brito 1; Karolinne Nogueira 1; Luiza Cunha 1

 1 Acadêmicas de medicina do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil.   

Bons estudos!

O que é amebíase?

A amebíase é uma doença infecciosa causada por um protozoário, o E. histolytica. Cerca de 80% dos portadores são assintomáticos, sendo essa a principal dificuldade para a diminuição do número de casos.

Essa doença mata aproximadamente 100 mil pessoas por ano, sendo a segunda maior taxa de mortalidade por parasitose no Brasil. [1]

Como é feita a transmissão?

A E. histolytica possui dois estágios evolutivos: cisto e trofozoíta. Os cistos são a forma infectante, sendo adquiridos por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados por fezes.

Os cistos, geralmente, resistem ao meio ambiente e acidez gástrica, eclodindo no intestino delgado onde liberam a forma trofozoíta que migra para o intestino grosso onde se colonizam, geralmente, aderidos a mucosa intestinal, vivendo em uma relação de comensalismo, na qual se alimentam de detritos e bactérias. Esse quadro ocorre em portadores assintomáticos.

Quando o equilíbrio entre parasita e hospedeiro é rompido, os trofozoítos migram para a submucosa intestinal, multiplicando-se ativamente e através da circulação porta podem atingir outros órgãos (forma extraintestinal), consistindo na forma virulenta.

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Quais são os principais sintomas?

No intestino grosso, causa colite, que consiste em dor abdominal baixa, diarreia de pequeno volume e múltiplos episódios apresentando sangue, muco e pus nas fezes, em alguns casos.

Na forma extraintestinal podem ocorrer abscessos hepáticos, pulmonares e raramente cerebrais, podendo causar hepatomegalia, febre e sudorese noturna. Essas manifestações costumam ocorrer na ausência da doença intestinal².

Como é o tratamento para amebíase?

Pode ser feito com três tipos de amebicidas: os que atuam diretamente na luz intestinal, os tissulares que atuam no intestino e no fígado, e por aqueles que atuam tanto na luz intestinal quanto nos tecidos. Além da medicação, é necessário melhorias nos hábitos de higiene alimentar.

Profilaxia da Amebíase

Os principais métodos são: melhoria da condição sanitária com saneamento básico e educação da população sobre essa doença.

Como grande parte da disseminação está relacionada à portadores assintomáticos é importante que pessoas que manipulam alimentos sejam examinadas para detecção e tratamento da doença, além da correta higienização dos alimentos e tratamento da água.

REFERÊNCIAS

1 – NEVES, David Pereira. Parasitologia Humana. 12ª edição. São Paulo. Editora Atheneu, 2011.

2 – ARROJA, Bruno et al. Invasive amebiasis. Jornal Português de Gastrenterologia. 17 (6): 262-265. Nov/Dez – 2010. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-81782010000600004. Acesso em: 01 de maio de 2017.

3 – OLIVEIRA, de Miguel. Amebíase. Fundação Oswaldo Cruz.  Disponível em: http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=8. Acesso em: 01 de maio de 2017.

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Mestre em Pesquisa Clínica em Doenças Infecciosas (FIOCRUZ, 2011)
Graduada em Biologia (UGF-RJ, 1993)

Ouça este artigo:

Também conhecida como disenteria amebiana, a amebíase é uma parasitose causada pelo protozoário Entamoeba histolytica. Este protozoário não possui flagelos ou cílios e o seu deslocamento ocorre por meio de pseudópodos, que são expansões do citoplasma. Habitam preferencialmente o intestino grosso (na forma de cistos), sendo o homem o seu único hospedeiro. Em condições normais, não causa doença, mas em algumas condições se torna patogênica, invadindo células e tecidos e provocando a doença. Existem relatos da parasitose em todo o mundo, que vão desde casos assintomáticos a casos graves, envolvendo órgãos vitais como pulmão ou cérebro, levando os pacientes à morte.

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Cisto de Entamoeba histolytica. Foto: CDC

Transmissão

A transmissão ocorre pela ingestão de alimentos e água contaminados com os cistos das amebas. Em populações sem saneamento básico, o homem é obrigado a fazer suas necessidades no ambiente. Se as fezes estiverem contaminadas com o parasito, o ambiente (principalmente a água) se contamina. Esta água contaminada pode ser usada para beber ou irrigar plantações, fechando o ciclo, e infestando outros indivíduos. O período de incubação varia de sete dias a quatro meses. Os ciclos são resistentes e sobrevivem de 20 horas a 30 dias em diferentes meios (água, fezes frescas, massas e laticínios). Os insetos também ajudam a dispersar os cistos da Entamoeba histolytica.

Sintomas

Os principais sintomas compreendem dores abdominais, gases, cólicas intensas, náuseas, vômitos, diarreias, eliminação de sangue e muco com as fezes. São realizados também testes de ELISA que são bem mais sensíveis e específicos do que exames de microscopia, mas ainda não são usados com muita frequência em áreas endêmicas por possuir um custo elevado de realização.

Diagnóstico

Utiliza-se o exame parasitológico de fezes (EPF) com a identificação de cistos e trofozoítos do parasita. Este exame é feito coletando-se três amostras em dias alternados. A correta coleta das fezes é importante para que não haja contaminação cruzada e resultados falso-negativos. Podem ser utilizados também soros e exsudatos para o diagnóstico.

Tratamento

Para os casos graves, deve-se permanecer em repouso, utilizando uma dieta rica em proteínas e com hidratação constante. A medicação normalmente utilizada é o Metronidazol por 10 dias por via oral. Se o parasita invadir os tecidos, o tratamento deve contemplar todas as áreas afetadas pelo parasita. Ao término do tratamento, as fezes devem ser examinadas novamente para ter certeza de que a doença foi eliminada.

Prevenção

Várias medidas de prevenção podem ser adotadas, dentre elas:

  • proporcionar saneamento básico para toda a população;
  • utilizar sempre que possível água tratada para beber;
  • lavar as mãos antes e após as refeições;
  • lavar bem frutas e hortaliças e deixá-las de molho em uma solução de água sanitária e água (1 colher de sopa de água sanitária para cada litro de água)
  • filtrar e ferver (por no mínimo 20 minutos) água de poço ou rios antes de bebê-las;
  • evitar o contato com fezes humanas;
  • lavar com muita água e sabão se tiver tido contato com fezes humanas.

Bibliografia:

Amebíase. Disponível em http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=90&sid=8.

DULGHEROFF, ACB et al; Amebíase intestinal: diagnóstico clínico e laboratorial. Revista Científica do ITPAC, Araguaína, v.8, n.2, Pub.1, Agosto 201.

Soares, JL. Programas de Saúde. Editora Scipione.

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Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/amebiase/

Quais as formas de prevenção da amebíase?

Os métodos de prevenção da doença são condições adequadas de higiene, como só ingerir apenas alimentos bem lavados e/ou cozidos, água engarrafada e lavar bem as mãos com abão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos. Ao sentir os sintomas da doença, procure ajuda médica para evitar possíveis complicações.

Quais as formas de transmissão da ameba?

Os cistos podem ser transmitidos diretamente de pessoa para pessoa, ou de forma indireta pelos alimentos ou pela água. A amebíase também pode se disseminar por sexo oral-anal. Nas áreas com más condições sanitárias, a amebíase é adquirida pela ingestão de alimentos ou água contaminada com fezes.

Como é chamada a amebíase?

A amebíase, também chamada de disenteria amebiana ou disenteria amébica, é uma doença parasitária causada por protozoário.

Como a doença é transmitida?

A transmissão da doença pode ocorrer diretamente, pelo contato com pessoas infectadas, ou indiretamente, pelo contato com superfícies ou objetos utilizados pela pessoa infectada. Evidências atuais sugerem que a maioria das transmissões ocorre de pessoas sintomáticas para outras.