O que mudou na alimentação de nossos antepassados até os dias atuais?

Tel Aviv, Israel. Grãos, brotos, ervas selvagens, mas também frutas, nozes, castanhas e, para uma provisão de proteínas, carne de elefante, de veado, de anfíbios e de peixes diversos: essa era a verdadeira dieta paleolítica, tão em moda atualmente. As informações são da agência de notícias Ansa.

O “cardápio” de nossos antepassados primitivos foi descoberto graças a escavações arqueológicas conduzidas em dois locais distintos em Israel, onde foram encontrados indícios de restos de alimentos de cerca de 780 mil anos atrás. Uma análise detalhada de mais de 10 mil amostras de alimentos, que conseguiram ser preservados em perfeito estado graças a um alagamento na área, identificou os alimentos que os hominídeos, provavelmente os homo erectus, consumiam.

A pesquisadora Naama Goren-Inbar, do Instituto de Arqueologia da Universidade Bar-Ilan, em Ramat Gan, subúrbio de Tel Aviv, conduziu as escavações nos dois locais, que costumavam ser um lago, e também descobriu que os hominídeos usavam o fogo, criavam utensílios de pedra e de madeira, caçavam e cozinhavam.

De acordo com as descobertas realizadas pela equipe, os “banquetes” desses primatas eram à base de erva-doce, vegetais como abobrinha, sementes torradas, brotos, frutas como morangos e peras, nozes variadas e azeitonas. Já em relação às carnes, eram consumidos peixes, anfíbios, pássaros, répteis e até elefantes.

Para temperar os alimentos, o principal era hortelã e sementes de erva-doce. “Todos os restos de alimentos que identificamos eram comestíveis e havia uma vasta seleção de alimentos (que eram ) usados na dieta”, afirmou a israelense. Os resultados da pesquisa foram publicados no jornal oficial da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o “Proceedings of the National Academy of Sciences” (“Pnas”).

Quando. O período paleolítico – ou Idade da Pedra Lascada – abrange por volta de 3 milhões de anos atrás até cerca de 10 mil a.C. Nesse período, os grupos começaram a utilizar utensílios de chifres de animais ou de rochas para desenvolverem a caça e se protegerem.

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Versáteis, sementes são ricas em fibras e favorecem a saúde

São Paulo. As sementes já integram nossa alimentação há muito tempo, mas com a maior preocupação com a alimentação saudável, têm ganhado destaque. São fontes de nutrientes, aminoácidos, minerais, cálcio, zinco, cobre e magnésio, além de serem ricas em fibras e muito importantes para as dietas vegetarianas e veganas.

Estão associadas ao melhoramento da saúde cardiovascular, digestiva, imunológica e óssea. Pesquisas sugerem que o consumo regular de sementes pode contribuir para a manutenção do açúcar no sangue e do apetite, bem como a densidade mineral óssea, e podem ajudar a reduzir o risco de obesidade e de alguns tipos de câncer.

Suas fibras alimentares são fundamentais para equilibrar a flora intestinal, eliminar gorduras e desobstruir artérias. As sementes como a chia podem ser ingeridas puras ou adicionadas a saladas, massas, pães e biscoitos integrais, acrescentando sabor às receitas.

A linhaça dourada, por exemplo, combate o envelhecimento e as doenças degenerativas graças às propriedades da vitamina E. Ela também combate os problemas cardiovasculares como a obstrução de artérias e o mau colesterol (LDL) por conter ômega 3 e ômega 6.

Já a quinoa possui todos os aminoácidos necessários ao nosso organismo, inclusive aqueles que o organismo não fabrica naturalmente. Também é fonte de proteínas de alta qualidade, vitaminas A, B1, B2, B3, B6, C e E. Possui minerais como ferro, fósforo, cálcio, magnésio, potássio, zinco e manganês, alto valor energético, pouca gordura e grande quantidade de fibras.

Os nossos hábitos alimentares nem sempre foram os mesmos, sabia? Durante o Brasil Colônia, por exemplo, farinha de mandioca, milho e peixe seco constituíam a dieta básica de muitos brasileiros. E, apesar de esses alimentos ainda fazerem parte do nosso cardápio, muita coisa mudou desde então. Quer saber sobre quais foram as principais diferenças dos nossos hábitos alimentares com o tempo? É só continuar lendo!

Arroz ocupou o lugar da farinha de mandioca como principal acompanhamento na culinária brasileira

O arroz é um dos alimentos mais universais que tem, né? Ele é usado na culinária asiática, europeia e, claro, na brasileira de diversas formas. Mas você sabia que no período imperial a farinha de mandioca era usada como principal acompanhamento? Atualmente as coisas são diferentes, pois existem diversas versões de arroz - branco, integral, parboilizado, arbóreo, negro, multigrãos e afins - que fazem parte do nosso cardápio. Interessante, né?

Antigamente banhas de porco e de outros animais eram usadas para fritar os alimentos

Na hora de fritar os alimentos (batata, mandioca e carnes, por exemplo) as pessoas costumam recorrer aos óleos vegetais ou até mesmo à fritadeira elétrica (que é uma opção mais saudável, inclusive). No entanto, antigamente o mais comum era usar banha de animais (como gordura de porco) para preparar frituras.

O mais curioso é que esse método pode ser até mais saudável do que o usado atualmente. Isso porque quando o óleo vegetal é aquecido ele libera a substância acroleína, que é tóxica e pode estar associada ao surgimento de alguns tipos de câncer. Por conta disso, a banha de porco é considerada uma boa opção quando comparada aos óleos vegetais.

Obs.: Vale lembrar que a airfryer (fritadeira elétrica) ganha das duas opções acima, levando em conta que, neste caso, os alimentos são fritos através do ar quente.

Com a Revolução Industrial, o processo de produção e conservação dos alimentos mudou bastante

A Revolução Industrial proporcionou uma série de mudanças no processo de produção de todos os alimentos. Surgiram produtos processados (preparados industrialmente), diversas versões enlatadas (leites, cereais, leguminosas, café e carnes), fora o processo de vendas e distribuição que se tornou mais dinâmico. Outro ponto interessante é que, no passado, as pessoas costumavam comer mais alimentos naturais - afinal, os agrotóxicos passaram a ser usados, de fato, só a partir da década de 1940. Interessante, né?

O que mudou na alimentação das pessoas de antigamente?

No passado a alimentação das pessoas era bastante simples. Os carboidratos utilizados eram basicamente complexos, ou seja, provinham de alimentos com alto teor de fibra e baixo índice glicêmico. A maioria das preparações eram assadas e preservavam a qualidade nutricional, o que proporcionava uma digestão bem lenta.

Como era a alimentação antigamente e como é hoje?

Antigamente, as banhas de porco e de outros animais eram usadas para fritar os alimentos. Mas , hoje em dia, quando as pessoas vão fritar batata, mandioca e carnes, costumam recorrer aos óleos vegetais ou até mesmo à fritadeira elétrica que, pelo menos, passou a ser uma alternativa bem mais saudável.

Quais foram as principais mudanças de consumo de alimentos ao longo do tempo?

As mudanças principais mostraram-se semelhantes nas regiões Nordeste e Sudeste e envolveram: 1) redução no consumo relativo de cereais, feijão, raízes e tubérculos; 2) substituição de banha, toucinho e manteiga por óleos e margarinas; e 3) aumento no consumo relativo de leite e derivados e ovos.

Quais foram alguns pontos importantes na evolução da alimentação humana?

A partir também do momento em que adquirimos o conhecimento sobre plantio de grãos, hortaliças e frutas, a criatividade humana contribuiu para o desenvolvimento da atividade culinária e da cultura alimentar. Já se percebia, então, que o alimento, além de saciar a fome, também era uma preciosa fonte de prazer.