Qual a importância da OLP para a luta dos palestinos?

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OLP renuncia � destrui��o de Israel

DAS AG�NCIAS INTERNACIONAIS

Di�logo ser� retomado

A OLP (Organiza��o para a Liberta��o da Palestina) retirou ontem de seu estatuto os artigos que pregavam a destrui��o do Estado de Israel.
A decis�o foi tomada em vota��o do Conselho Nacional Palestino, reunido em Gaza, por 504 votos a favor, 54 contra e 14 absten��es.
Os artigos retirados da carta de princ�pios da OLP contradiziam o acordo de reconhecimento m�tuo travado com Israel em 1993.
O primeiro-ministro de Israel, Shimon Peres, havia condicionado a continua��o das negocia��es de paz � modifica��o do estatuto da OLP at� 7 de maio.
Por causa das cl�usulas que ca�ram ontem, Peres, que enfrenta elei��es em 29 de maio, vinha sendo acusado pela oposi��o de direita de negociar com terroristas.
Entre os pontos pendentes est�o a retirada das tropas israelenses de Hebron, que deveria ter ocorrido no m�s passado, e o status definitivo de outras �reas da Cisjord�nia, particularmente de Jerusal�m.
Tamb�m ser�o discutidos o destino de refugiados palestinos e a situa��o dos colonos israelenses que vivem hoje em �reas que passaram para administra��o palestina.
A retomada das negocia��es com Israel deve ocorrer a partir de 4 de maio. O processo foi interrompido por atentados do Hamas (Movimento de Resist�ncia Isl�mico), em fevereiro e mar�o.
Arafat
A vota��o de ontem tamb�m abre caminho para o reconhecimento por Israel de um Estado palestino. A import�ncia hist�rica foi lembrada pouco antes da vota��o pelo l�der palestino Iasser Arafat em um discurso emocionado.
"Decidam-se. Vamos realizar ou n�o o sonho palestino? Vamos ou n�o ter um Estado?"
A resolu��o aprovada ontem n�o especifica exatamente quais cl�usulas do estatuto da OLP foram anuladas. O documento, aprovado em 1968, pedia "a luta armada para a liberta��o de toda a Palestina" e "a elimina��o do sionismo da Palestina".
O Conselho Nacional Palestino nomeou uma comiss�o jur�dica para elaborar o projeto do novo estatuto.
O novo documento deve ser submetido � dire��o da OLP dentro de seis meses.
"Temos um acordo e cumprimos nossa parte", disse Maruane Kanafani, porta-voz de Arafat.
Boicote
A sess�o de ontem foi boicotada pelos representantes da FPLP (Frente Popular de Liberta��o da Palestina) e pela FDLP (Frente Democr�tica de Liberta��o da Palestina). Os dois grupos se op�em ao processo de paz com Israel.
A ex-guerrilheira Leila Khaled, da FPLP, acusou Arafat de ter obrigado os membros do Conselho Nacional Palestino a renunciar a luta armada para agradar Peres.
Rea��o
Um porta-voz do governo israelense disse que a decis�o tomada ontem � uma mostra de que "os palestinos querem seguir adiante pelo caminho da paz" e que cumprem os compromissos assumidos em 1993 nos acordos de Oslo.
O secret�rio de Estado dos EUA, Warren Christopher, tamb�m elogiou a decis�o.

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15 de dezembro de 2020 às 15:27

Por décadas, o foco dos palestinos e das potências mundiais que apóiam o povo palestino tem sido aceitar a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como o único representante legítimo deles e de sua luta. No entanto, o movimento das lideranças palestinase o estabelecimento de uma entidade sob a liderança palestina removeu a OLP da equação. Apesar da divisão e do declínio da possibilidade de estabelecer um estado palestino independente, a OLP permaneceu uma estrutura que fornece ao presidente palestino um selo de legitimidade, embora na verdade não tenha qualquer papel próprio.

Politicamente, o papel da OLP ficou sem sentido, especialmente no que diz respeito ao direito de retorno dos refugiados palestinos, que foi um dos pontos mais importantes e contenciosos nas negociações com Israel. A OLP estava acompanhando essa questão com cuidado, mas ela não era mais priorizada na agenda palestina. As declarações do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sobre sua falta de desejo de retornar à sua cidade natal, Safad, e dar aos visitantes israelenses garantias de que o povo palestino não pretende inundar o estado com refugiados são os melhores exemplos do declínio na importância do questão de refugiados no que diz respeito à liderança.

Na prática, o papel da organização na representação de todos os palestinos no mundo também diminuiu, à medida que os pontos de referência se tornaram embaixadas, representantes e o Ministério das Relações Exteriores. A palavra “expatriados” foi usada quando o assunto das comunidades palestinas foi retirado do Comitê Executivo da OLP e transferido para o Ministério de Relações Exteriores da AP em Ramallah.

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Ao negociar com Israel e assinar a Declaração de Princípios em 1993, a liderança palestina certificou-se de que ela fosse assinada entre a OLP e Israel, e em todos os documentos oficiais colocava o nome de Autoridade Nacional Palestina. Depois de 2014, os líderes colocaram o estado da Palestina sob o nome de OLP para indicar a liderança da organização. No entanto, a verdade é que as coisas mudaram, e a posição do presidente do Estado nominal da Palestina (que não é reconhecida pelas autoridades de ocupação israelense nem pelo Conselho de Segurança da ONU) é muito mais importante do que a posição do presidente do Comitê Executivo da OLP. Apesar disso, a OLP permaneceu um instrumento nas mãos do presidente da AP, que a utilizou para obter bênçãos para qualquer decisão que desejasse, sem qualquer atenção ao papel do Presidente do Conselho Nacional (ausente em qualquer assunto) Salim Zanoun, 87, ou seus membros independentes.

No entanto, havia um sonho romântico de reestruturar e reviver a OLP e fazer os ajustes necessários para reformá-la internamente. Este foi um dos termos da reconciliação palestina, mas não havia desejo ou intenção de fazer qualquer reforma real, já que o presidente se sente confortável com a existência de uma OLP fraca que depende dele e de recursos do Ministério da Fazenda.

A renúncia de Hanan Ashrawi do Comitê Executivo da OLP na semana passada chamou a atenção para a posição perigosa da organização e sua ausência de qualquer papel influente. As principais decisões foram tomadas pelo presidente da AP e sua equipe sem discutir o assunto no comitê, incluindo a cessação da coordenação com Israel e a recusa em receber os fundos fiscais arrecadados pelo estado de ocupação no início deste ano. Então, de repente, essa decisão foi revertida, novamente sem sequer informar a OLP, indicando o indiferença da presidência para com a instituição que deveria tomar as decisões estratégicas. No mínimo, deve haver alguma coordenação com o comitê eleito do Conselho Nacional Palestino para acompanhar as decisões diárias.

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De acordo com um membro do Comitê Nacional Palestino, Hamada Farana, Ashrawi renunciou por causa da clara rejeição aos líderes da primeira intifada, da qual ela fazia parte, ao lado de Faisal Al-Husseini, Sari Nusseibeh e outros. Segundo Farana, sua renúncia é um golpe para os independentes palestinos, que são a maioria entre o povo palestino, e um tapa na cara das mulheres palestinas, já que Ashrawi era a única representante de metade da sociedade no Comitê Executivo . Ela também representou os cristãos palestinos, que são uma parte essencial da luta nacional.A renúncia de Hanan Ashrawi foi definitivamente um golpe para a liderança palestina, fornecendo evidências claras de que a OLP não é mais importante e que a tomada de decisões nacionais é deixada para um homem sem qualquer envolvimento significativo dos representantes do povo.

“O sistema político palestino precisa ser renovado e revigorado com a inclusão de jovens, mulheres e mais profissionais qualificados”, disse Ashrawi em sua carta de demissão. Na verdade, deveria representar todos os 13 milhões de palestinos dentro e fora da Palestina ocupada. A reforma requer a reconsideração das instituições palestinas, incluindo a OLP, que não é mais capaz de desempenhar o papel que definiu para si mesma para libertar a Palestina. Quanto mais cedo a organização for reformada, mais cedo poderemos ser libertados e ver o estabelecimento de um estado-nação independente, livre e soberano em nossa terra natal.

As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

Qual é o principal objetivo da OLP Organização da Libertação da Palestina )?

1964 – Criação da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), cuja pretensão inicial era destruir Israel e criar um Estado Árabe Palestino.

Qual a relação entre a OLP e a Autoridade Nacional Palestina?

A principal relação entre a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e a organização chamada, Autoridade Nacional Palestina, é relacionada a criação desta segunda. A Autoridade Nacional Palestina, é criada por meio dos tratados acordados entre a OLP e Israel.

Foi o principal líder da Organização para Libertação da Palestina OLP ):?

Yasser Arafat (em árabe: ياسر عرفات; Cairo, 24 de agosto de 1929 — Clamart, 11 de novembro de 2004) foi o líder da Autoridade Palestiniana, presidente (de 1969 até 2004) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah e co-detentor do Nobel da Paz.

Quando foi criada a OLP e que objetivos conduziram a sua atuação ao longo do tempo?

Resposta. Foi criada em Maio de 1964. O objetivo era centralizar a liderança de vários grupos clandestinos. Um abraço.