Qual foi o resultado da eco

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13 de August de 2019

Cuidar da saúde do coração é essencial em todas as idades. Um dos exames mais importantes para avaliar o estado do órgão é o ecocardiograma. Mas você sabe como ele funciona e que tipo de informações fornece ao seu médico?

Para falar sobre o assunto, convidamos o médico cardiologista Frederico Abreu, coordenador da Cardiologia dos hospitais do Grupo Santa — Santa Lúcia Sul, Santa Lúcia Norte e Maria Auxiliadora (Gama).

1. O que é ecocardiograma?
Um ecocardiograma é um exame que usa ondas de som que não podem ser ouvidas (ultrassom) para produzir imagens do seu coração.

2. O que ele indica e em quanto tempo é possível conhecer os resultados?
O ecocardiograma permite determinar o tamanho do coração, a força com que ele está batendo, o funcionamento das suas valvas, dentre outras informações, auxiliando no diagnóstico e tratamento precoce de várias doenças cardíacas. Essa análise é feita em tempo real e os resultados são liberados imediatamente ao médico assistente.

3. Em que situações é solicitado?
Em qualquer situação onde haja doença cardíaca suspeitada ou já instalada ou para prevenção primária em indivíduos com fatores de risco para doenças cardíacas, como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, infarto precoce na família etc. Também deve ser realizado rotineiramente durante quimioterapia ou radioterapia e na vigência de doenças sistêmicas que possam acometer o coração.

4. Que tipo de problemas ele auxilia a diagnosticar?
O ecocardiograma permite diagnosticar doenças valvares tais como estenoses ou insuficiências, doenças do músculo cardíaco que cursam com aumento do coração e queda da função ventricular (miocardiopatias), hipertrofias ou infiltração do músculo, doenças congênitas, infarto do miocárdio, aneurismas ou dissecções de aorta, trombos ou tumores cardíacos, entre outras patologias, algumas assintomáticas ou sem sinais clínicos evidentes.

5. Como é feito o ecocardiograma? Precisa de algum preparo?
Este exame não precisa de nenhum preparo prévio. O médico colocará o transdutor (um pequeno instrumento que parece com um microfone) no seu tórax e obterá imagens do seu coração em movimento. É usado um gel para ajudar na transmissão das ondas de ultrassom.

6. Pode haver algum desconforto?
O ecocardiograma usa ultrassom que não oferece nenhum risco para o corpo. Não há nenhuma exposição a raios X e nenhum procedimento cirúrgico é necessário. Algumas vezes, pessoas mais sensíveis se queixam de dor quando o transdutor é pressionado contra seu peito, mas teremos cuidado para reduzir este problema. O gel utilizado é antialérgico e de fácil limpeza.

7. O que acontece depois que o exame termina?
Após o exame, o paciente é liberado para reassumir suas atividades normais e recebe orientações para acessar seu resultado em até dois dias úteis.

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Foto oficial dos chefes de delegações na ECO-92. (Foto: Michos Tzovaras/UN)

A Conferência Eco-92 ou Rio-92 foi a primeira Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro no ano de 1992. A Conferência teve desdobramentos importantes dos pontos de vista científico, diplomático, político e na área ambiental, além de ceder espaço a debates e contribuições para o modelo de desenvolvimento ambientalmente sustentável.

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Antecedentes históricos da Conferência

A questão da proteção ambiental nem sempre possuiu os parâmetros de preservação quais conhecemos atualmente. Até o início da década de 1970, o pensamento global era de que o meio ambiente seria uma fonte inesgotável de recursos e, consequentemente, que as ações de aproveitamento da natureza seriam infinitas

Neste mesmo século, diante do fenômeno da globalização e de seu ideal desenvolvimento econômico como uma meta a ser alcançada por toda a humanidade, as questões ambientais começaram a ser observadas de forma gradativa.

Os países industrializados começaram a perceber o impacto negativo das suas tecnologias ao meio ambiente: rios poluídos, florestas sendo destruídas pela chuva ácida, poluições atmosférica nas grandes cidades, secas em lagos e rios e, assim, muitos passaram a questionar a visão de que os recursos não seriam ilimitados – e sim, limitados.

Nesses países, como resposta à destruição ambiental, movimentos de proteção ambiental começaram a se articular questionando o modelo de sociedade industrial. 

Alguns debates e estudos também passaram a identificar problemas como a poluição atmosférica e a sua relação com as atividades econômicas desenvolvidas a partir deste período. Um desses exemplos é o relatório “Limites do Crescimento”, preparado pelo Clube de Roma. O Clube é, na verdade, um grupo de pessoas ilustres que se reúnem para debater um vasto conjunto de assuntos relacionados a política, a economia internacional e, sobretudo, ao meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, fundado em 1966 pelo industrial italiano Aurelio Peccei e pelo cientista escocês Alexander King.

O relatório foi marcado como um dos primeiros estudos científicos a respeito da preservação ambiental, e que relacionava quatro grandes questões que deveriam ser solucionadas para que se alcançasse a sustentabilidade: o controle do crescimento populacional, o controle do crescimento industrial, a insuficiência da produção de alimentos, e o esgotamento dos recursos naturais.

Assim, a ideia de preservar o meio ambiente ganhou aos poucos força e os problemas ambientais ganharam atenção mundial, intensificando o movimento ecologista. Mas vale lembrar que até a década de 70 a proteção ambiental era praticamente escassa. O meio ambiente era visto como um instrumento a disposição de desejos antopocêntricos, ou seja, somente para satisfação das necessidades e dos interesses humanos.

Assim, foi somente em 1972, diante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Humano, também chamada de Conferência de Estocolmo, por ter sido realizada em Estocolmo na Suécia, que houve de fato mudanças.

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A conferência contou com a presença de 113 países, diversas Organizações Internacionais, ONGs, observadores e jornalistas inclinados a identificar, proteger, conservar, valorizar e transmitir às gerações futuras a importância do patrimônio cultural e natural.

Tida como o marco inicial da luta acerca das questões ambientais, a Declaração da Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente contém 19 princípios que representaram um Manifesto Ambiental para nossos tempos com as bases para a nova agenda ambiental do Sistema das Nações Unidas.

A partir desse momento, ficou compreendido que a exploração dos recursos da natureza e comportamentos “parasitários” do homem em relação ao seu habitat acabariam ocasionando um esgotamento ambiental. Assim, segundo a declaração, houve o consenso global de que:

o homem é ao mesmo tempo obra e construtor do meio ambiente que o cerca, o qual lhe dá sustento material e lhe oferece oportunidade para desenvolver-se intelectual, moral, social e espiritualmente. Em larga e tortuosa evolução da raça humana neste planeta chegou-se a uma etapa em que, graças à rápida aceleração da ciência e da tecnologia, o homem adquiriu o poder de transformar, de inúmeras maneiras e em uma escala sem precedentes, tudo que o cerca. Os dois aspectos do meio ambiente humano, o natural e o artificial, são essenciais para o bem-estar do homem e para o gozo dos direitos humanos fundamentais, inclusive o direito à vida mesma”.

Nessa convenção houveram outras grandes contribuições dentro da Declaração como, por exemplo, a criação dos princípios para questões ambientais internacionais, incluindo direitos humanos, gestão de recursos naturais, prevenção da poluição e à elaboração do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Outro avanço nesta questão foi a publicação de um relatório sobre as necessidades presentes e futuras ambientais, em abril de 1987, pela médica Gro Harlem Brundtland, mestre em saúde pública e ex-Primeira Ministra da Noruega. O relatório – “Nosso Futuro Comum” –  ficou conhecido também  como a Comissão Brundtland e trazia consigo os conceitos de desenvolvimento sustentável.

A partir disso, foram evidenciadas a importância em organizar um plano de desenvolvimento sustentável que garantisse as futuras gerações suas necessidades básicas (ar, água e fonte de alimentos) bem como a responsabilidade em relação aos recursos ecológicos, padrões de consumo e os riscos causados os sistemas naturais que sustentam a vida na Terra.

As amplas recomendações feitas pela Comissão levaram à realização de uma nova Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento realizada em 1992 no Brasil.

A ECO-92

Realizada na cidade do Rio de Janeiro, a Eco-92 aconteceu 20 anos após a primeira conferência do tipo (em Estocolmo) e, desta vez, devido ao ambiente político internacional favorável e as recomendações feitas pela Comissão Brundtland, foi considerada um verdadeiro sucesso.

A Conferência contou com a presença de 178 chefes de governo e foi marcada pelo fortalecimento da atuação de representantes da sociedade civil, da efetiva participação das ONGs e de movimentos sociais no Fórum Global.

O objetivo principal da Conferência estava na ideia de que se todos os países buscassem o mesmo padrão de desenvolvimento dos países ricos (e tidos como desenvolvidos) não haveria recursos naturais para todos sem que ocorressem graves e irreversíveis danos ao meio ambiente.

Os países reconheceram, portanto, o conceito de desenvolvimento sustentável e começaram a moldar ações com o objetivo de proteger o meio ambiente e reconhecer que as responsabilidades pela preservação do meio ambiente, pela construção de um convívio equilibrado com o planeta e pela criação de práticas sustentáveis são essenciais.

Dos esforços de duas décadas de trabalhos da ONU sobre o assunto nasceram na Rio-92 duas convenções : uma sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas.

Assim, foi acordado que os países em desenvolvimento receberiam apoio financeiro e tecnológico para alcançarem modelos de desenvolvimento sustentáveis. A partir do principal documento do encontro, a  Agenda 21,  foram estabelecidas algumas políticas e ações de responsabilidade ambiental, como por exemplo:

  • mudanças necessárias aos padrões de consumo (especialmente em relação aos combustíveis fósseis  como petróleo e carvão mineral);
  • a proteção dos recursos naturais; e,
  • o desenvolvimento de tecnologias capazes de reforçar a gestão ambiental dos países;
  • direcionamento para atividades que protejam e renovem os recursos ambientais, no qual o crescimento e o desenvolvimento dependem.
  • estabelecimento de áreas de ação: proteção da atmosfera; combate ao desmatamento, a perda de solo e a desertificação; prevenção a poluição da água e do ar; detenção da destruição das populações de peixes; e, promoção de uma gestão segura de resíduos tóxicos;

Mas a Agenda 21 foi além das questões ambientais. Nesse documento houve uma preocupação direta em abordar os padrões de desenvolvimento que causam danos ao meio ambiente que precisavam ser combatidos, como:

  • a pobreza e a dívida externa dos países em desenvolvimento;
  • os padrões insustentáveis de produção e consumo;
  • as pressões demográficas e a estrutura da economia internacional;

A agenda ainda incentivou que o papel desempenhado por grandes grupos como mulheres, organizações sindicais, agricultores, crianças e jovens, povos indígenas, comunidade científica, autoridades locais, empresas, indústrias e ONGs fossem fortalecidos e respeitados para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Para assegurar o total apoio aos objetivos da Agenda 21, a Assembleia Geral estabeleceu a Comissão para o Desenvolvimento Sustentável e posteriormente, adotou a Convenção da ONU sobre a Diversidade Biológica  e da Convenção da ONU de Combate à Desertificação.

De maneira geral, a Agenda 21 cedeu contribuições a diferentes bases geográficas conciliando métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Pode-se dizer, então, que o slogan de “pensar globalmente, agir localmente” comum nas políticas de implantação do desenvolvimento sustentável realmente adequa-se a experiência vivida na Conferência Rio-92.

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Por que a Conferência foi importante?

A Conferência realizada no Brasil colocou o assunto ambiental na agenda pública de uma maneira inovadora, sendo um importante passo e marco de como a humanidade encara sua relação com o planeta.

Foi nesse momento que a comunidade política internacional admitiu claramente que era preciso conciliar o desenvolvimento socioeconômico com a utilização dos recursos da natureza. Inúmeras propostas passaram a ser discutidas para que o progresso e o desenvolvimento acontecessem em harmonia com a natureza, garantindo a qualidade de vida tanto para a geração atual quanto para as futuras no planeta.

Pode-se dizer que foi somente na Rio-92 que o assunto sobre a união entre meio ambiente e desenvolvimento realmente avançou. Afinal, os chefes de governo e comissões diplomáticas assumiram o compromisso de que temos de juntar os componentes econômicos, ambientais e sociais ao debate e considerá-los como essenciais a agenda de todos os países, pois se isso não for feito, não há como se garantir a sustentabilidade do desenvolvimento.

A sua importância também possui relação com a criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS) que é vinculada ao Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (Ecosoc). A CDS tem como finalidade, além de cooperar com os países para que sejam atingidos os objetivos da Rio-92, a responsabilidade pela organização das conferências da ONU que se realizaram desde então.

Por fim, mesmo que conferência não tenha estipulado prazos para a concretização das metas discutidas, a participação das ONGs, associações de moradores, sindicatos na cobrança de atitudes e posturas por parte dos governantes foi um grande legado para as convenções seguintes.

A Rio+20

Realizada nos dias 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro, a Rio+20 ficou assim conhecida pois marcou os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92).

O objetivo da Conferência foi a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso, das lacunas na implementação das decisões adotadas e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Rio+20 teve dois temas principais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.

A ECO92 foi um grande marco em prol do meio ambiente, não é mesmo? E você, acredita que desde então temos avançado nas questões ambientais? Comenta com a gente.

REFERÊNCIAS

A ONU e o meio ambiente

Qual resultado normal de um ecocardiograma?

Agora considera-se FE de VE normal em homens se entre 52% e 72% e entre mulheres, entre 54% e 74%. Entre 30% e 40% é disfunção moderada. Acima disto mas abaixo do valor da normalidade, disfunção discreta. Abaixo de 30%, disfunção grave.

O que detecta no eco?

O ecocardiograma é um teste que utiliza ondas sonoras para obter imagens do coração. Ele é essencial para analisar a saúde do músculo cardíaco, verificando se o coração e as válvulas estão funcionando adequadamente além de detectar malformações cardíacas.

Qual o valor de eco?

Mas, em média, fazendo uma avaliação geral desses aspectos, o valor de um ecocardiograma gira em torno de R$ 200,00 a R$ 500,00.