Quem a menciona como sendo a capacidade de combinar pensamento e sentimento para tomar decisões ótimas?

A IMPORTÂNCIA DA INTELIGENCIA EMOCIONAL DO LIDER NAS

ORGANIZAÇÕES.

Autor: Flávio Bragança Silva

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo estudar a importância da inteligência emocional, demonstrar a evolução do ser humano, entender suas origens enfatizando a importância do controle emocional tanto na vida pessoal, como no campo profissional e como as lideranças lidam com seus próprios sentimentos e com sentimentos de sua equipe. A inteligência emocional é fator principal para o sucesso das pessoas, não somente dentro das organizações, mas também na vida pessoal. A IE influência não somente com progresso do gestor, mas também com resultado da empresa como todo, neste contexto vai apresentar como as emoções podem influenciar na carreira da liderança, e tendo equilíbrio sobre suas emoções, podemos ter bons resultados dentro da organização e na vida pessoal.

Palavras-chave: Inteligência Emocional; Relacionamento; Gestão; Pessoas.

  1. INTRODUÇÃO

Com globalização e avanços tecnológicos, é importante que o administrador saiba como lidar com suas próprias emoções para ter uma qualidade de vida melhor, pois o mercado exige cada vez mais do ser humano, é fundamental que o líder sabe ter equilíbrio desse mundo de sentimentos.

Inteligência emocional nos mostra como devemos administrar nossa capacidade interior e trazer um bom ambiente de trabalho para nossos liderados.

A Inteligência Emocional é a capacidade de perceber, avaliar e expressar emoções com precisão; a capacidade de acessar e/ou gerar sentimentos quando estes facilitam o pensamento; a capacidade de entender as emoções e o conhecimento emocional e a capacidade de regular emoções para promover o crescimento emocional e intelectual. (MAYER; SALOVEY, 1997, p.401 apud VALLE, 2006, p.33)

Segundo Cury (2008) a liderança nunca será plena nas emoções. Caso a liderança tivesse nível de controle sobre as emoções, os problemas seriam maiores, pois o ser humano não precisaria de ninguém e realizaria seus desejos e satisfações sozinhos, assim as pessoas não se relacionariam. Em outra visão, se o gestor não preocupasse com este processo de liderança da emoção, os sentimentos seriam sem sentidos. Existem pessoas que não se preocupam com emoções e ao mesmo tempo não conseguem controlar esses sentimentos, isso ocasionando como, por exemplo, variação de humor, stress, falta de diálogo com sua equipe,

Através deste conteúdo, vamos mostrar como emoções de uma liderança afetam em sua carreira profissional.

 A liderança precisa exercer diariamente o autoconhecimento para que se mantenha equilíbrio, diante de tanta adversidade dentro das empresas.

2.   REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Weisinger (2001, p.14) ele afirma que a Inteligência Emocional é simplesmente o uso inteligente das emoções, isto é, fazer intencionalmente com que as emoções trabalhem a seu favor, usando-as como uma ajuda para ditar seu comportamento a seu raciocínio de maneira a aperfeiçoar seus resultados.

Este artigo tem como objetivo entender qual o impacto da inteligência emocional na liderança, uma vez que um líder deve ser visto como exemplo e tem influência nas pessoas com quem se relaciona. Um gestor com nível IE elevado obterá mais sucesso e uma maior vantagem competitiva com outras pessoas que tenham uma IE menos evidente.

Tem-se alguns pontos onde pessoas não sabem manter equilíbrio sobre suas emoções, gerando assim, grande transtorno dentro da organização. Atualmente lideranças não reconhecem suas fraquezas, desconfiam de suas próprias emoções, não enxergam o outro não sabe o que querem e são inconstantes.

No ambiente profissional saber expressar suas emoções, é um dos maiores deslize de um líder, pois algo pode se tornar extremamente antiprofissional segundo David R. Caruso (2007 p. 23), existem quatro habilidades para base de uma liderança com inteligência emocional são elas; identificando as emoções, utilizando as emoções compreendendo as emoções, administrando as emoções. Através dessas habilidades o líder pode ser iniciar um processo de autoconhecimento.

·        Identificando as emoções: as emoções contem dados, pois através de eventos importantes tendo lugar no nosso ambientes seja no trabalho ou família para que haja uma comunicação com eficácia temos que identificar com precisão as emoções alheias e saber transmitir nossas emoções aos outros.

·        Utilizando as emoções: o modo em como nos sentimos influencia como pensamos, as emoções voltam nossa atenção, ela nos prepara certas atitudes e ajudam a direcionar o processo de pensamento para a solução de problemas.

·        Compreendendo as emoções: nada mais que prever o futuro emocional, pois tem causas subjacentes e não são fixas mudam de acordo com as regras, mas podem ser compreendidas.

·        Administrando com emoções: as emoções contem informações e influencia o pensamento, tem que incorpora La, de forma inteligente ao nosso julgamento e as nossas atitudes.  

As emoções poderão ser tanto negativas como positivas, cabe a cada individuo se preparar melhor para cada tipo, o líder deve saber quais das emoções refletem diretamente em seus resultados profissionais, com um relacionamento com o seus liderados Daniel Goleman diz “a inteligência emocional e a capacidade de identificar o nossos próprios sentimentos e os dos outros e gerir bem essas emoções dentro de qualquer relacionamento”.

Dentro do contexto a várias habilidades, defendidas por Golerman que são:

Autoconhecimento: segundo a psicologia, significa o conhecimento de um indivíduo sobre si mesmo. A prática de se conhecer melhor faz com que uma pessoa tenha controle sobre suas emoções, independente de serem positivas ou não.

Controle emocional: é a habilidade de lidar com os próprios sentimentos, adaptando-os conforme a situação e expressando-os de maneira saudável para si e para o grupo no qual está inserido. O equilíbrio entre razão e emoção é o caminho mais adequado. Os excessos costumam trazer conseqüências prejudiciais às pessoas.

Automotivação: é o ato de motivar a si mesmo, provocada por estímulos internos. A pessoa é o que é, pois encontra motivos dentro de si para alcançar seus objetivos, age de acordo com o que tem que ser feito. Alguém automotivado não espera acontecer, corre atrás do que quer.

Reconhecimento das emoções em outra pessoa: é ter a habilidade de reconhecer emoções no outro, ter empatia de sentimento, que permite reconhecerem necessidades do outro e desejos nos outros, permitindo lhes a construção de relacionamentos mais eficaz.

Relacionamento inter pessoal: è a habilidade de interação com outros indivíduos, utilizando competências sociais. O relacionamento é, em grande parte, habilidade de gerir sentimentos de outros. É a base de sustentação da popularidade, da liderança e da eficiência interpessoal.Pessoas com esta capacidade são mais eficazes em tudo o que diz respeito ao outro.

O líder emocionalmente inteligente se prepara se planeja em caso de interações sociais importantes, usar suas habilidades para melhorar sua influencia, alias uma liderança com inteligência emocional combina a paixão e a lógica, as emoções e a inteligência. E por isso cada dia o antigo conceito de chefe vai caindo, e as organizações procurando cada vez mais lideres preparados e atualizados.

Aqueles com potencial de liderança são motivados pelo desejo altamente relacionado ao senso de realização para fazer essa distinção de lideres o primeiro sinal e uma paixão pelo o próprio trabalho, pessoas que buscam desafios criativos, pessoas que adoram aprender e se orgulham de um serviço bem-feito, possuem uma energia incansável para fazer a melhor coisa, são persistentes com suas questões sobre como as coisas devem ser feitas de uma maneira ao invés de outra.

Outra característica desse líder, que mesmo sem alcançar resultados planejados, nunca deixar de acompanhar o resultado, e os indicadores concretos com rentabilidade, e o mais interessante que pessoas com motivação alta mesmo com o resultado adverso, permanecem otimistas mesmo quando os indicadores estão contra elas, isso nada mais é que o autocontrole que se combina com a motivação para superar a frustração e depressão que advêm de um revés ou fracasso.

 Uma das dimensões mais fácil de ser percebida é a empatia o líder realmente preparado sabe o quanto é difícil gerir uma equipe e os desafios são grandes, pois todas as equipes são um caldeirão de emoções, como afirma Daniel Goleman (2015 pg 21) que: O líder de uma equipe precisa ser capaz de entender o ponto de vista de todos os membros de sua equipe. Nos dias atuais a empatia permite que seja feita uma constituição emocional de qualquer equipe para atingir uma melhor colaboração entre os membros da equipe, e automaticamente conquista novos negócios, assim garantindo resultados planejados. Com a globalização e um outro motivo da importância da empatia para os lideres empresarial, a empatia esta sendo considerada um remédio pois lideres que a possuem, se destacam e se organizam de forma a cerca os ruídos de comunicação, pois tem a sutileza de sair de forma positiva de qualquer situação negativa.

A empatia desempenha um papel chave na retenção dos talentos, pois os lideres deveram sempre usar empatia para desenvolver e conservar bons funcionários, infelizmente hoje em dia os riscos são maiores, mas através de um feedback assertivo um acompanhamento próximo e deixar isso transparece de forma clara pra o seu liderado a possibilidade dessa retenção ser torna maior e de sucesso. Segundo Weisinger (1997, p. 30)

 Qualquer acontecimento pode ser avaliado a partir de pontos de vista diferentes, de modo que costuma ser uma boa idéia perguntar as outras pessoas, de vez em quando, qual foi a avaliação delas a respeito de determinado acontecimento. 

Isso faz com que suas avaliações seja justas, corretas, perceptivas, favorecendo um feedback assertivo, alem de dar parâmetros e fomentos de uma conversa mas assertivas que trará crescimento para ambos.

Outro fator que muito importante dentro das dimensões da inteligência emocional é a habilidade social que junto com a empatia faz com que as pessoas se relacione com outras, embora pareça simples mais não é, pois a habilidade social é exatamente uma cordialidade com propósito, pode ser usada para conduzir as pessoas em direção em que o líder deseja, levando em consideração que pessoas com essa habilidade, tem um amplo circulo de conhecimento.

E interessante observa nesse processo referente a inteligência emocional, tem o seu lado triste observar como ainda existe ocupantes de cargo estratégicos e táticos. Em diversas organizações tratando essa competência de forma intuitiva e como umas simples reunião de características inatas, avaliam se como grandes lideres e muitas às vezes provocam um impacto devastador na vida das pessoas e no clima organizacional. E mais defendendo o estilo democrático como o mais adequado para todas as situações esconde muitas às vezes, lideres temeroso em assumir responsabilidade por algo que não pode ser decidido senão por eles mesmo, seja pela urgência requerida ou pelo sigilo a ser mantido. Vale enfatizar que não existe desenvolvimento de competência senão pelo conhecimento. E conhecer prescinde buscar informação: após o que experimentamos conceitos e adotamos atitudes que geram resultados.

No ambiente organizacional a habilidade social talvez possa ser entendida como ápice da aplicação da inteligência emocional na liderança, já que esta não concebe sem que se apresentem desenvolvido a autogestão, o autoconhecimento e a empatia. Liderar tem haver com provocar/desenvolver sentimentos positivos e colaborativos.  

Papel de um líder

Liderança e a habilidade de influenciar pessoas para trabalhar entusiasmada visando atingir os resultados e metas propostas, ou seja, se unir para um bem comum. O líder é alguém que identificar os problemas e as oportunidades da equipe, remover os obstáculos para que todos possam servir o cliente, para ser bem sucedido, o líder dever saber e entender alguns aspectos da motivação trabalha em equipe, dinâmica de grupo e principalmente relações interpessoais.

O papel de um líder é principalmente execução de um ou de diversos objetivos específicos, e o líder surge como um meio para o alcance desse objetivo. O comportamento da liderança deve ajudar o grupo atingir seus objetivos ou a satisfazer suas necessidades. Assim, a pessoa que possa dar maior assistência e diretriz a equipe, escolhendo a soluções ou ajudando o grupo a encontrar a melhor solução para o problema, para que o resultado seja satisfatório, tendo maiores possibilidades do ser considerado seu líder.

A liderança tem a ver com tomar decisões, mas não quaisquer decisões, e sim as corretas. As resoluções dos lideres afetam pessoas, por isso fazer escolhas certas e de extrema importância, do mesmo modo que a decisão incompetente pode ter efeitos desastrosos,

A definição de liderança envolve dois aspectos importantes: o primeiro e a capacidade de incentivar as pessoas fazendo a aquilo que precisa ser feito. O segundo é a tendência dos seguidores de seguirem aqueles que percebam como um meio de satisfazerem os seus objetivos e necessidades pessoais (CHIAVENATO,1997). Assim a liderança e uma arma poderosa, nenhuma pessoa pode ser líder a menos que consiga que as pessoas façam aquilo que ela pretende que faça, nem será bem sucedida a menos seus seguidores a percebam como um meio de satisfazer suas próprias aspirações pessoais ou atingir seus objetivos. 

Todo líder é formador e uma das características, mas importante na liderança, pois constrói tudo alinhado com o seu projeto e expectativas, defini políticas estratégias que o seus valores se tornam essências, com processos de aprendizagem efetivos.

Segundo Chiavenato (1997), o líder deve ter uma acentuada habilidade de lidar com pessoas, de conviver com pessoas, de fazer as coisas com e por meio de pessoas, deve possui um enorme instinto de comunicação, saber ouvir e deve saber fala. Alem de tudo ter um forte calor humano, ter empatia simpatia, mesmo apesar de toda facilidade no relacionamento com a equipe, o líder deve usar sua autoridade de maneira discreta, mas firme e absoluta. Transfere e delega responsabilidade, mas mantém o controle das coisas, assegura a ação e domina o caminho em direção aos objetivos a serem alcançados. Apesar disso, a liderança e muito mais educadora do que controladora. Impulsiona as pessoas para frente e não inibir o seu comportamento. Deve sempre impulsiona as pessoas para frente. Suporta pressão e amortece seu impacto, sobre os subordinados, resiste frustrações e sabe sempre fazer um esforço adicional para ir para frente e conduzir a equipe, sabe se automotivar se, pela correlação e também consegue extrair a motivação das pessoas, pelos desafios e pelas recompensas.

A visão moderna do líder deve ser mostrado, como se dever se liderar de forma eficaz, pois consiste em forma e manter uma equipe de alta performance, através de treinamento e desenvolvimento continuado, mantendo um elevado nível de habilidades e conhecimento, conseguir com que o liderados estejam todos engajados, com o objetivo e metas individuais e coletivas e organizacionais, e acima de tudo, saber provoca a motivação, elevando a autoestima e o seu sentimento de realizações

Os estilos de lideranças

Segundo Chiavenato (1997), Estilo de liderança e um padrão recorrente de comportamento exibido pelo líder, dentre vários tipos de liderança, os principais são: democrático, autocrático e liberal, por serem os que mais se aproximam da realidade da empresas.

O líder autocrático é também chamado de liderança autoritária ou diretiva, é aquele centralizador, que toma decisões sem consultar seus liderados, inclusive no que se refere à determinação das tarefas e seu modo de realização. Na Liderança autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, de modo imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve executar, o líder determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro.

O líder democrático ou também conhecido como liderança participativa ou consultiva, é o tipo de liderança voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. Envolve seu grupo nas decisões, incentiva a participação, busca delegar autoridade e fornece orientações que visam o desenvolvimento do grupo. Aqui as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo líder. O próprio grupo esboça as providências para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com o debate. A divisão das tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os seus próprios companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo.

Ele é objetivo e limita-se aos fatos nas suas críticas e elogios, usa o feedback como uma forma de treinamento.

O líder laissez-faire (ou liberal) segundo ROBBINS, busca deixar o grupo atuar como desejar, não assumindo o seu papel de líder. Laissez-faire é a contração da expressão em língua francesa laissez faire, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixar passar falhas e erros sem corrigi-los.

Temos também, a liderança paternalista que é considerado uma atrofia da Liderança, onde o Líder e sua equipe tem relações interpessoais similares às de pai e filho. A Liderança paternalista pode ser confortável para os liderados e evitar conflitos, mas não é o modelo adequado num relacionamento profissional, pois numa relação paternal, o mais importante para o pai é o filho, incondicionalmente. Já em uma relação profissional, o equilíbrio deve preponderar e os resultados a serem alcançados pela equipe são mais importantes do que um indivíduo.

Mas diante dos vários estilos e liderança, qual é o mais adequado? Segundo Krause (1981, p.74) em determinadas situações, a liderança autocrática é a mais adequada; sob certas situações, a liderança democrática é a melhor; sob determinadas condições, a liderança liberal é a melhor.

Desta forma notamos que é o líder que deve saber a cada momento, escolher determinada solução para certa situação e, ter sempre em mente que: liderança autocrática não significa ditadura; liderança democrática não é por tudo a voto; liderança liberal não significa ausência de liderança. A liderança é específica em relação à situação que no momento se investiga. Aparentemente difícil esta adaptação, no entanto o profissional para exercer a função de líder não precisa mudar de personalidade, basta mudar o modo de agir, de acordo com cada situação.

Segundo Vérgara, temos ainda dois estilos básicos de liderança que são orientada para a tarefa e a orientada para pessoas. Maximiano denomina o primeiro como sendo o que focaliza o trabalho do funcionário e enfatiza o cumprimento de prazos, padrões de qualidade e economia de custos, tem necessidade de cumprir metas, superar a concorrência e o desempenho passado e esclarece as responsabilidades individuais e distribui as tarefas ás pessoas.

Já no segundo caso, o líder orientado para as pessoas, os principais comportamentos são que focaliza o próprio funcionário ou grupo e enfatiza as relações humanas e o desenvolvimento da capacidade de trabalhar em equipe, ouve e preta atenção e apóia os colaboradores.

A combinação dos dois estilos em seu comportamento ou enfatizá-los levou Blake e Mouton (1964) a planejar um programa de treinamento e desenvolvimento gerencial conhecido pelo nome de Grid Gerencial ou Managerial Grid que é representado

Conforme abaixo:

No entanto, será dada atenção os estilos de liderança com enfoque na IE, e que segundo Robbins (2002, pág. 322): “Estudos recentes indicam que a IE – mais que o QI, os conhecimentos técnicos ou qualquer outro fator – é o melhor previsor de quem ira surgir como líder.”

Embora as emoções exerçam poderosa influência em nosso comportamento, há muitos anos elas têm sido consideradas inconvenientes numa situação de trabalho e irrelevantes para os negócios; atualmente, porém, existe uma enorme quantidade de pesquisas mostrando que não apenas as emoções fazem parte da experiência de trabalho, mas também, em grande escala, traçam o curso que a empresa adotará. A IE tem demonstrado estar positivamente relacionada, em todos os níveis, com o desempenho no trabalho.

Para que fique mais claro a importância da inteligência emocional no desempenho do trabalho será apresentado as definições e teorias sobre Liderança Ressonante.

Liderança Ressonante

Os grandes líderes são fontes de inspiração e quando tentamos explicar a causa concluímos que eles atuam em um nível mais fundamental: os grandes líderes agem por meio das emoções.

Consideremos o exemplo de Goleman (2002): um momento crucial vivido em uma divisão de notícias da BBC, a gigante da mídia britânica. Tal divisão fora instituída em caráter experimental e, embora seus aproximadamente duzentos jornalistas e editores acreditassem que haviam dado o melhor de si, a gerência decidira encerrar suas atividades. De nada adiantou que o executivo enviado para comunicar a decisão à equipe reunida começasse com um relato brilhante de como as operações rivais estavam indo bem, nem que ele tivesse acabado de chegar de uma viagem maravilhosa a Cannes. A notícia em si já era ruim o bastante, mas o jeito brusco e até agressivo do executivo provocou algo além da já esperada frustração. As pessoas ficaram enfurecidas – não só com a decisão da gerência, mas também com o próprio portador da novidade. Na verdade, o clima ficou tão ameaçador que parecia que o executivo teria de chamar a segurança para escoltá-lo para fora da sala. No dia seguinte, outro executivo visitou o mesmo grupo. Sua abordagem foi muito diversa. Fez um discurso sincero sobre a importância vital do jornalismo para a vibração da sociedade e sobre o chamado que os trouxera a todos para aquele campo, em primeiro lugar. Lembrou-os de que ninguém escolhe uma carreira de jornalista para enriquecer – como profissão, suas finanças sempre haviam sido modestas, e a segurança no emprego flutuavam conforme o sobe-e-desce das marés econômicas mais amplas. Invocou, também, a paixão e até a dedicação dos profissionais ao serviço que prestavam. Por fim, desejou a todos boa sorte na retomada de suas carreiras. Quando terminou de falar, foi aplaudido.

Qual a diferença desses dois líderes citados no exemplo acima? A diferença esta na forma e no tom de voz com que cada um expressou a mensagem: o primeiro provocou no grupo antagonismo e hostilidade, enquanto o segundo aplicou doses de otimismo e mostrou inspiração diante das adversidades. Os dois momentos apontam para uma dimensão oculta, mas crucial, da liderança – o impacto emocional do que o líder diz e faz.

Para Goleman (2002), o segundo executivo, aplaudido pelos funcionários demitidos, ilustra a liderança ressonante. O segundo líder estava em sintonia com os sentimentos das pessoas e conduziu-as em uma direção emocional positiva. Falando com franqueza, expondo seus próprios valores e mantendo-se em contato com as emoções daqueles que o rodeavam, ele elevou o moral das pessoas e mostrou a quão eram importantes mesmo diante daquela situação.

Segundo Goleman (2002, p.20): A origem da palavra ressonância é reveladora: vem do latim ressonare, ressoar. Em inglês, a palavra é definida no Oxford English Dictionary como “o reforço ou prolongamento do som por reflexão” – ou, mais especificamente, “por vibração síncrona”. “O correspondente humano a uma vibração síncrona ocorre quando dois indivíduos encontram-se no mesmo comprimento de uma onda emocional – quando se sentem em sintonia”. E, de acordo com seu sentido original, a sincronia “ressoa”, intensificando o pico emocional positivo.

Ainda segundo Goleman (2002), Os elementos básicos dos modos de liderança que despertam a ressonância em grupo são:

a) autoconsciência são pessoas dotadas de grande autoconsciência são realistas – não pecam pelo excesso de autocrítica nem por nutrirem esperanças ingênuas. Pelo contrário, são honestas consigo mesmas a seu próprio respeito. E são honestas sobre si mesmas com os outros, chegando ao ponto de conseguirem rir de suas próprias fraquezas.

b) autogestão, da autoconsciência que é a compreensão de nossas próprias emoções e a clareza com relação aos nossos objetivos – decorre a autogestão, o impulso concentrado de que todos os líderes precisam para atingir seus objetivos.

c) competência social que depois da autoconsciência e da autogestão emocional, a liderança ressonante exige consciência social – ou em outras palavras, empatia. Para Portner (2001), sucesso profissional é produto de empatia. Conhecimento é importante, mas vem depois. Para o autor, empatia significa menos quantidade ou qualidade de informação e mais harmonia interativa. É uma ferramenta de quilate.

Ter ou não te-la vai fazer muita diferença para a sua carreira. Na concepção de Goleman (2002), a empatia – que implica ouvir e colocar-se no lugar dos outros – permite que os líderes sintonizem-se com os canais emocionais que criam ressonância entre as pessoas. A manutenção da sintonia permite-lhes elaborar melhor sua mensagem, de modo a manter o fluxo de comunicação. O Autor diz que, a empatia é apenas um dos ingredientes necessários à liderança inteligente em termos emocionais. Outro é a capacidade do líder de transmitir sua mensagem de maneira a mover os demais. O líder que exprime seus sentimentos com convicção produz ressonância porque essas emoções são claramente autênticas, arraigadas em valores profundos. Os líderes emocionalmente inteligentes difundem emoções no registro positivo: instigam as pessoas por meio da articulação de um sonho seu que inspire entusiasmo, compaixão ou um sentido de ligação – aspirações que apontem para um futuro cheio de esperança.

Em suma, empatia significa levar os sentimentos dos funcionários em respeitosa consideração para poder tomar decisões inteligentes, capazes de converter tais sentimentos em uma resposta. Acima de tudo, ela possibilita a ressonância; em sua ausência, o que os atos dos lideres provocam é dissonância.

Pessoas empáticas reconhecem e conseguem satisfazer as necessidades dos clientes ou subordinados, inspiram proximidade, interessam em ouvir o que as pessoas têm a dizer, escutam atentamente, identificando aquilo que, de fato, preocupa a cada um, e suas respostas acertam na mosca. Do mesmo modo, a empatia é fundamental para reter talentos. Os líderes sempre precisaram dela para desenvolver e manter bons funcionários.

d) administração de relacionamentos que são os elementos do trio autoconsciência, autogestão e empatia e que ligam todos na última habilidade da IE: a administração de relacionamentos. Nela encontramos as ferramentas mais visíveis da liderança – dentre as quais a persuasão, o gerenciamento de conflitos e a colaboração. A administração habilidosa de relacionamentos resume-se em lidar com as emoções alheias – o que, por sua vez, exige que os líderes tenham consciência de suas próprias emoções e permaneçam em sintonia empática com seus liderados.

No entanto, para Goleman (2002), lidar com relacionamentos não é tão simples quanto parece. Não se trata de uma mera questão de cordialidade, muito embora as pessoas com habilidades sociais desenvolvidas raramente sejam mal humorados. Ao contrário, a cordialidade, no âmbito da administração de relacionamentos, possui um propósito: mover as pessoas na direção certa seja a concordância quanto a uma estratégia de marketing ou o entusiasmo com relação a um novo projeto. Os líderes bem dotados em termos sociais tendem a ter ressonância com um círculo mais amplo – e tenham um dom para encontrar coisas em comum e estabelecer um vínculo positivo com os demais. Entretanto isso não significa que eles estejam sempre se socializando, mas sim que baseiam seu trabalho na premissa de que, sozinho, não se consegue nada importante. Esses líderes têm um network estruturado quando é preciso agir. À medida que as tarefas crescem em complexidade e tornam-se mais colaborativas, as competências de relacionamento torna se cada vez mais vitais

Em suma, podemos dizer que a ressonância decorre não só da boa disposição do líder ou de sua capacidade de dizer a coisa certa, mas também de todos os elementos básicos dos modos de liderança citados. E o mais importante, é que esses elementos básicos da IE não são talentos inatos, mas habilidades aprendidas, cada uma das quais com sua contribuição específica para a ressonância – e, portanto, a eficácia – dos líderes.

 Liderança Dissonante

         Os líderes que não conseguem criar empatia com um grupo ou compreender suas emoções corretamente criam dissonância, enviando mensagens que geram um incômodo desnecessário. A perturbação coletiva resultante torna-se, a preocupação central do grupo, desviando a atenção que seria preciso dar à mensagem do líder. Em qualquer contexto de trabalho, o impacto emocional e profissional de um líder dissonante pode ser facilmente aferido: as pessoas sentem-se fora de prumo e, seu desempenho, por conseguinte, é fraco.

De acordo com Goleman (2002), dissonância, em seu sentido musical original, descreve um som desagradável e áspero; a dissonância refere-se a uma falta de harmonia. A liderança dissonante produz nos grupos em que reina a discrepância emocional, cujos membros têm a sensação de estar o tempo todo fora de tom.

Em suma, a dissonância desencoraja as pessoas, desanima, ou afugenta. Esse é outro de seus custos pessoais: as pessoas que trabalham em ambientes tóxicos levam o veneno para casa. Os hormônios do estresse liberados durante um dia tóxico de trabalho continuam agitando-se no corpo muitas horas depois.

3.CONSIDERAÇÕES FINAIS

A IE pode ser definida como nossa capacidade de nos relacionarmos de forma assertiva e positiva com as pessoas, de termos bom astral mesmo nas adversidades, persistência na busca de nossos objetivos e caracteriza a maneira como as pessoas lidam com suas emoções e com as das pessoas ao seu redor. Isto implica autoconsciência, motivação, persistência, empatia, entendimento e características sociais como persuasão, cooperação, negociações e liderança.

A IE não é genética, são habilidades aprendidas e aprimoradas no decorrer de nossas vidas, ou seja, dessa forma, podemos dizer que possuímos duas mentes, consequentemente, dois tipos diferentes de inteligência: racional e emocional. Nosso desempenho na vida é determinado não apenas pelo QI, mas principalmente pela IE. Na verdade, o intelecto não pode dar o melhor de si sem a IE uma vez que eles são parceiros integrais na vida mental. Quando esses parceiros interagem bem, a IE aumenta – e também a capacidade intelectual. Isso derruba o mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, ou seja, devemos buscar um equilíbrio entre ambas.

A IE pode ser alcançada por meio de treino e esforço, mas isso requer persistência. As pessoas têm de identificar exatamente o que querem alcançar. Ao realizar esse tipo de exercício analítico de forma metódica por algumas semanas ou meses, a pessoa poderá substituir os hábitos que deseja eliminar por outros que acabam se tornando automáticos e que pode mudar completamente, para melhor, sua forma de vida tanto profissional quanto pessoal.

A chave para uma liderança de sucesso está nos domínios da IE, não do QI. Liderança requer habilidades para persuadir e inspirar, enfatizar e articular sentimentos. Muitos indícios atestam que as pessoas emocionalmente competentes levam vantagem em qualquer campo da vida, assimilando as regras tácitas que governam o sucesso na política organizacional. Os líderes desta nova era valorizam cada vez mais o ser humano como um parceiro e não mais como uma ferramenta.

As pessoas com prática emocional bem desenvolvida têm mais probabilidade de sentirem-se satisfeitas e serem eficientes, dominando os hábitos mentais que fomentam sua produtividade. As que não conseguem exercer controle sobre a vida emocional travam batalhas internas que sabotam sua capacidade de se concentrar no trabalho e pensar com clareza.

Nota-se que conforme os autores citados nesse artigo, eles defendem que a competência emocional nos líderes pode ser uma das poucas vantagens competitivas realmente duradouras uma vez que ao projetar uma visão clara para suas equipes, inspirá-las e motivá-las, administrando conflitos e relacionamentos, o líder “ressonante”, é capaz de multiplicar seu próprio potencial e o de cada subordinado, estimulando a criatividade, a cooperação e o empreendedorismo. Ao contrario do chefe “dissonante” que não tem habilidade para interagir de forma produtiva, e que com isso acaba por paralisar a iniciativa dos subordinados, atrofiar talentos e reduzir a eficácia do grupo como um todo além é claro de desmotivar toda a equipe e as pessoas que estão a sua volta. Ainda que, de imediato, possa apresentar resultados aparentemente positivos, ele se revelaria, em médio prazo, um sabotador inconsciente das próprias metas.

Pode-se concluir que é emergente a necessidade das organizações, através de suas lideranças, investirem no crescimento emocional como base e sustentação para sua estabilidade e viabilidade econômica. E devemos saber que requer investimentos pessoais e estruturais, contínuos de curto, médio e longo prazo.

Os resultados positivos podem ser observados no sucesso e felicidade das pessoas e organizações do mercado emergente e exigente de hoje. Os resultados negativos são constatados nas dificuldades e tendências dda grande maioria dos profissionais e organizações que ainda não assumiram a necessidade de investir na IE.

Dessa forma, quando se examina como desenvolver a IE da liderança, percebe-se logo que isso exige muito trabalho e esforço. O trabalho de tratar os outros com bondade, de ouvir ativamente, de estabelecer o padrão, de deixar claras as expectativas, de dar às pessoas condições para manterem o padrão estabelecido e isso é de fato uma missão árdua e diária.

  1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, F. N. Psicologia para gestores – Comportamentos de sucesso nas organizações. Lisboa. McGraw-Hill, 1995.

Estanqueiro, António. Saber lidar com as pessoas. Lisboa: Edt. Presença. 1993

BAR-ON, Reuven; Parker, James D. A. Manual de Inteligência Emocional: teoria e aplicação em casa, na escola e no trabalho. Porto Alegre. Artmed Editora, 2002.

BARRETO, Maribel Oliveira. O papel da consciência em face dos desafios atuais da educação. 1ª. ed. Salvador: Sathyarte, 2005.

BOAVENTURA, Edivaldo M. Metodologia da pesquisa. São Paulo, Atlas, 2004.

Caruso,David R;Salovey, Peter. Liderança com inteligência emocional. liderando e administrando com competência e eficácia. São Paulo: mBook do Brasil, 2007.

CHIAVENATO, Idalberto. Gerenciando Pessoas: o passo decisivo para a administração participativa. 3ª ed. São Paulo: Makron Books, 1997.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CARLZON, Jan. A Hora da Verdade: o clássico sobre liderança que revolucionou a administração de empresas. Rio de Janeiro, Sextante, 2005.

LOURENÇO, P.R.(2000). Liderança e eficácia: uma relação revisitada. In Psychologica, 23, 119-130.

GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente. 45ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1995.

GOLEMAN, Daniel. Trabalhando com a Inteligência Emocional. Rio de Janeiro, RJ, Objetiva, 1998.

GOLEMAN, Daniel; BOYATZIS, Richard; McKEE, Annie. O poder da inteligência emocional: a experiência de liderar com sensibilidade e eficácia. Rio de Janeiro: Campus, 2002.

GOLEMAN, Daniel. Liderança a inteligência emocional na formação o líder de Sucesso. 1ª ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015

GOMES, A.D., Cardoso, L. & Carvalho, C. Discurso de Liderança: o que faz sentido faz-se. In Psychologica, 23, 7-36. 2000

KRAUSE, Werther Maynard. Chefia: conceitos e técnicas. São Paulo: Atlas, 1981.

KRISHNAMURTI, J. Autoconhecimento. In.: Coleção poder do poder - O poder do Autoconhecimento. 1998.

MAGALHÃES, Lucila Rupp de. Aprendendo a lidar com gente: relações interpessoais no cotidiano. 2ª ed. Salvador, BA: EDUFBA – Editora da Universidade Federal da Bahia, 2001.

WEISINGER, Hendrie. Inteligência Emocional no trabalho. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.

Qual é a teoria de Goleman?

Goleman descreve a inteligência emocional como a capacidade de uma pessoa de gerenciar seus sentimentos, de modo que eles sejam expressos de maneira apropriada e eficaz. Segundo o psicólogo, o controle das emoções é essencial para o desenvolvimento da inteligência de um indivíduo.

Quem criou o conceito de inteligência emocional?

O conceito de Inteligência Emocional surgiu em 1990, proposto pelos pesquisadores Peter Salovey e John Mayer. No entanto, tornou-se conhecido mundialmente após a publicação do livro Inteligência Emocional, em 1995, por Daniel Goleman.

Quais as inteligências classificadas por Daniel Goleman?

Daniel Goleman, teórico base deste trabalho, divide a Inteligência Emocional em cinco áreas de habilidades: a autopercepção, que é a capacidade de reconhecer o sentimento enquanto ele ocorre; a autorregulamentação, que é a aptidão de saber lidar com as emoções; a motivação, que é a competência de motivar-se e motivar ...

Quais são as competências de inteligência emocional de Daniel Goleman?

As cinco habilidades-chave da Inteligência Emocional..
Autoconhecimento. ... .
Autocontrole. ... .
Automotivação. ... .
Empatia. ... .
Relações interpessoais..