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Passado o susto inicial de um primeiro infarto, supõe-se que o indivíduo tende a ser mais cauteloso em relação à própria saúde, certo? Nem sempre. Segundo o cardiologista Ricardo Mourilhe, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj), é bastante comum o paciente entrar em uma espécie de negação da doença e agir como se nada tivesse ocorrido. “Principalmente se foi um quadro de infarto que deixou poucas ou nenhuma sequela. Como ele não sente nada, pensa que está tudo bem e não muda alguns velhos hábitos do passado, que possivelmente foram os causadores do infarto”, explica. As possíveis sequelas do infarto são diferentes das do AVC, que costumam ser mais visíveis, como paralisação de membros, problemas na fala etc. No caso do coração, depois da morte de parte das células cardíacas (necrose), o músculo cardíaco é cicatrizado e passa por um processo chamado fibrose muscular, o que pode prejudicar a elasticidade do músculo, diminuindo a capacidade de bombeamento do sangue. Na prática, caso o organismo demande mais oxigênio (durante atividade física ou em circunstâncias de fortes emoções, por exemplo), o músculo cardíaco poderá não ter condições de suprir, ocasionando cansaço excessivo ou até mesmo uma parada cardíaca. “O risco de um segundo infarto não deixa de existir nunca. É preciso vigilância constante, principalmente nos três meses iniciais depois do evento cardiovascular, pois o quadro agudo de infarto deflagra um processo inflamatório no organismo”, alerta o cardiologista. Para se ter uma ideia, após um primeiro infarto, o risco de uma pessoa sofrer outro nos próximos 10 anos aumenta em 30%. Mesmo assim, segundo a experiência clínica do Dr. Mourilhe, é comum ver pessoas que tiveram um infarto voltarem a fumar ou então continuarem sedentárias e com a pressão arterial nas alturas. Pressão alta, aliás, é muitas vezes encarada com displicência, mas é responsável por 40% dos infartos e 80% das ocorrências de AVC. Hipertensão é uma doença crônica grave e que necessita de tratamento para o resto da vida. O dr. João Francisco Kerr Saraiva, professor da PUC-Campinas (SP), comenta a falta de percepção da população em relação aos problemas cardíacos e cita um trabalho recente feito na faculdade, com avaliação de indivíduos que sofreram infarto e foram encaminhados para o ambulatório. “Apenas 5% dos pacientes estavam com todos os fatores de risco controlados. Infelizmente, as pessoas ainda não sabem com clareza que doenças do coração matam. É difícil lidar com essas questões, pois elas dependem de mudança de hábitos.” Para prevenir a ocorrência de um segundo infarto, além da consciência em relação ao estilo de vida, o paciente precisa consultar um cardiologista regularmente (a frequência exata vai depender da extensão do problema) e seguir tomando alguns medicamentos, como antiplaquetários, estatinas, beta-bloqueadores etc. conforme orientação médica.
Qual tempo de recuperação após infartoOlá, hoje eu vou falar sobre ataque cardíaco: a vida depois do infarto. E agora? Tive um ataque cardíaco e sobrevivi, como será minha vida depois do infarto? Vou falar sobre isso e também sobre um tópico importante, a depressão pós-infarto, então fiquem atentos, comentem abaixo e assistam o vídeo/leia o texto até o final. Poderei ter uma vida ativa após um infarto?Muitas pessoas sobrevivem a ataques cardíacos e vivem uma vida ativa e plena. Se você recebeu ajuda rapidamente, como eu falei no vídeo sobre infartov (vou deixar o link aqui embaixo para quem tiver curiosidade), esse tratamento precoce pode limitar os estragos ao músculo cardíaco. Por isso dizemos que "tempo é músculo”. Tempo é músculo em um infarto agudo do miocárdio Quanto menos danos ao coração, suas chances de ter uma vida plena, com qualidade, após o ataque cardíaco aumentam. Acompanhamento médico após um Infartoacompanhamento médico pós infarto Uma coisa importante é o acompanhamento médico. Depois do infarto, você precisará de um tratamento para que isso não se repita. Tanto o tratamento medicamentoso como a mudança de estilo de vida ajudam a prevenir outro ataque cardíaco. Quais são as medicações que uma pessoa que teve ataque cardíaco deve tomar?Os remédios que todos deveriam tomar, no mínimo, estatina e AAS para quem não tem alergia. Se você colocou stent, um segundo antiagregante plaquetário, como clopidogrel, brilinta ou effient vai ser recomendado, por um certo período de tempo (em média um ano, depende do médico, dependendo do caso). Quais outros cuidados devo ter se eu tive um infarto agudo do miocárdio?Se você tem pressão alta, tem que estar bem equilibrada. Diabetes, a sua glicose também tem que ser boa. Se você fumar, saiba que nenhuma intervenção de remédio terá mais impacto na sua vida do que parar de fumar. Então, você tem que parar de fumar! Se tive um infarto, terei que fazer mudanças no meu estilo de vida?Sem dúvida você deverá fazer mudanças no estilo de vida. Deve ter uma dieta saudável, ser fisicamente ativo, manter o peso ideal e reduzir o stress. Também aconselhamos um programa de reabilitação cardíaca muito importante para todos que tiverem infarto, mas, principalmente para aqueles que tiveram dando maior dano ao coração, para justamente que eles permaneçam fisicamente ativos. Quando poderei retomar as minhas atividades normais após um ataque cardíaco?Depois de um ataque cardíaco, a maioria das pessoas que não sentem dor ou desconforto no peito, ou outros problemas, podem retornar com segurança a maioria das suas atividades normais dentro de algumas semanas. Caminhar após infarto:A maioria pode começar a andar imediatamente, muitas vezes até mesmo dentro do hospital, com auxílio da fisioterapia. Atividade sexual após infarto:A atividade sexual também pode começar dentro de algumas semanas para a maioria dos pacientes. Dirigir após um ataque cardíaco?Uma pessoa geralmente poderá voltar a dirigir dentro de uma semana (para a maioria dos pacientes que não apresentam dor ou desconforto no peito ou outros problemas incapacitantes). Claro que para quem fez cirurgia do coração, precisou fazer pontes de safena ou mamárias, isso não será recomendado tão cedo. E deixo claro que pessoas com complicações não devem dirigir até que os sintomas estejam estáveis por algumas semanas. Depressão e ansiedade pós-infartoConheço muitos pacientes que o infarto é como um terremoto em suas vidas. Eles foram chacoalhados lá dentro e sempre ficam tensos, temerosos, esperando o próximo infarto. É normal que a maioria das pessoas se preocupem em ter um novo ataque cardíaco. Mas às vezes eles se sentem deprimidos e têm problemas para se ajustarem às novas mudanças no estilo de vida. Abra-se, fale com seu cardiologista o que você está sentindo, com toda sua equipe de saúde e também com seus familiares. Conversar vai ajudar e muito! Se você está muito deprimido, seu médico pode recomendar medicamentos ou outros tratamentos que vão melhorar sua qualidade de vida. Por isso que é importante você se abrir com ele. Além disso, o apoio da família e dos amigos é uma pedra fundamental para aliviar o stress e a ansiedade. Deixe seus entes queridos saberem como você está, como se sente, o que eles podem fazer para ajudar. O risco de um novo infartoÉ verdade que depois de ter um ataque cardíaco você corre o maior risco de ter outro. Por isso que é tão importante você tratar corretamente, ter seu médico, seu cardiologista. Diferença entre Angina e Ataque Cardíaco:É importante também você saber a diferença entre a angina e ataque cardíaco. Angina é uma dor no peito que ocorre em pessoas com doença isquêmica do coração. Se você teve um infarto e o médico não conseguiu abrir todas as artérias você poderá sentir angina no peito. A dor da angina geralmente ocorre após os esforços físicos e desaparece quando você descansa. A dor de um infarto geralmente é mais forte mais opressiva, mais duradoura do que a dor da angina, a dor não desaparece quando você descansa ou toma remédios, vasodilatador, por exemplo. Em qualquer um dos casos você deverá procurar um pronto-socorro imediatamente para se certificar que está tudo bem. Os sintomas de um segundo infarto são os mesmos de um primeiro infarto?Os sintomas de um segundo ataque cardíaco podem não ser iguais aos do primeiro ataque cardíaco, mas muitas vezes são. Aquela dor no braço que se sentiu pode ter de novo. É importante eu ir logo ao pronto-socorro se tiver dor no peito?Certamente! Porém, infelizmente a maioria das vítimas de ataque cardíaco espera duas horas ou mais após o início dos sintomas antes de procurar ajuda médica. Esse atraso pode resultar em uma sequela mais profunda ou mesmo morte. Então, cuide-se, principalmente se já teve um infarto prévio! Meu nome é André Wambier, cardiologista do cardiodf.com.br, vou deixar os outros vídeos sobre infarto para você que deseja se aprofundar mais no assunto. Muito obrigado e até o próximo vídeo/ post. Dr. André Wambier Cardiologista - Hospital do Coração do Brasil - Brasília DF
Dor no Peito e Infarto, Prevenção e SaúdeSeptember 28, 2020ATAQUE CARDÍACO: A VIDA DEPOIS DE UM INFARTO, INFARTO, VIDA DEPOIS DE UM INFARTO, infarto, saúde, coração, ATAQUE DO CORAÇÃO, ATAQUE CARDÍACO, CORAÇÃO INFARTO, artéria coronária, artéria coronária obstruída tratamento, infarto fulminante, enfarte, sintomas infarto fulminante, cardiodf, andre wambier, como acontece um infarto, tive um ataque cardíaco e sobrevivi, ataque cardiaco: a vida depois do infarto, Dr. André Wambier Quanto tempo vive uma pessoa que já teve infarto?Agora, sabe-se também que a sobrevida média depois do infarto é de apenas 5,5 anos para mulheres. Nos homens, a estatística é de 8,2 anos. O dado foi divulgado no relatório de 2021 da Associação Americana de Cardiologia. A situação brasileira é semelhante.
Quem teve infarto pode viver muito?Nos casos em que todas as áreas do coração são recuperadas, no entanto, a vida pode voltar ao normal gradativamente”. O cardiologista recomenda que o paciente só volte às atividades regulares como trabalhar, por exemplo, um mês depois do ocorrido e inicie atividades físicas moderadas.
Como vive uma pessoa que teve infarto?Pessoas que tiveram um infarto geralmente podem voltar ao trabalho entre dois ou três meses depois disto. Mas é necessário conversar com o médico para definir o melhor prazo. Quando retornar à sua vida profissional, tome cuidado com o excesso de estresse.
Quem teve infarto o que não pode fazer?Após um Infarto agudo do miocárdio, os principais cuidados que se deve ter, são:. Evitar exercícios físicos intensos, ou levantar pesos;. Iniciar o quanto antes o processo de REABILITAÇÃO (orientado pelo/a médico/a que o acompanha);. Mudança de hábitos de vida;. |
Quem já teve infarto pode viver normal?
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