Como é a personalidade de um argentino?

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Argentinos
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Bandeira da Argentina
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Mapa da diáspora argentina ao redor do mundo.
População total

~ 44 milhões

Regiões com população significativa
Como é a personalidade de um argentino?
 
Argentina 43 847 430
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Espanha
229 009[1]
Como é a personalidade de um argentino?
 Estados Unidos
144 023[1]
Como é a personalidade de um argentino?
 
Brasil
72 963[2]
Como é a personalidade de um argentino?
 Israel
43 718[1]
Como é a personalidade de um argentino?
Uruguai
23 943[1]
Como é a personalidade de um argentino?
 
Canadá
14 877[1]
Como é a personalidade de um argentino?
 
México
13 696[1][3]
Como é a personalidade de um argentino?
 Itália
84 532[1]
Como é a personalidade de um argentino?
 Austrália
10 826[1]
Como é a personalidade de um argentino?
 França
10 795[1]
Línguas
Língua castelhana
(Espanhol rioplatense)
Religiões
Igreja Católica
Grupos étnicos relacionados
espanhóis, italianos, uruguaios

Argentinos são os cidadãos da Argentina ou os seus descendentes no exterior. A nação argentina é uma sociedade multiétnica, ou seja, é a nação de pessoas de diferentes origens étnicas. Como resultado, o povo argentino não considera a sua nacionalidade como uma etnia, mas como cidadania, composta por várias etnias. Além da população indígena, quase todos os argentinos ou os seus antepassados ​​emigraram nos últimos cinco séculos.

De acordo com o censo de 2010 realizado pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (INDEC), a Argentina tinha uma população de 40 091 359 habitantes, dos quais 1 805 957, ou 4,6%, haviam nascido em outros países. A taxa de crescimento da população em 2008 foi estimada em 0,917% ao ano, com uma taxa de natalidade de 16,32 nascidos vivos por mil habitantes e uma taxa de mortalidade de 7,54 mortes por mil habitantes.[4]

A população argentina há muito tempo apresenta uma das mais baixas taxas de crescimento demográfico da América Latina (recentemente, cerca de um por cento ao ano) e também goza de uma taxa de mortalidade infantil relativamente baixa. Surpreendentemente, porém, sua taxa de natalidade ainda é quase duas vezes maior (2,3 filhos por mulher) do que a de países como Espanha ou Itália, apesar de serem sociedades comparáveis culturalmente e demograficamente.[5][6] A idade média é de aproximadamente 30 anos e a expectativa de vida ao nascer é de 77,14 anos.[7]

Ancestralidade[editar | editar código-fonte]

No período colonial, a população argentina foi formada pela miscigenação dos povos indígenas pré-colombianos com uma população colonizadora de origem espanhola e com alguns poucos escravos da África Subsaariana. Até meados do século XIX, a composição étnica da Argentina era muito semelhante à de outros países da América hispânica, com grande parte da população sendo formada por descendentes mestiços de homens espanhóis com mulheres indígenas.[8][9]

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Entre 1870 e 1929, cerca de 6 milhões de imigrantes europeus chegaram à Argentina, a grande maioria de italianos e espanhóis. Apenas os Estados Unidos receberam mais imigrantes europeus que a Argentina.[10] Essa imigração em massa tem origem nas ideias liberais do político argentino Juan Bautista Alberdi, o qual influenciou na redação da Constituição Argentina de 1853 e cunhou a frase "gobernar es poblar" ("governar é povoar"). A partir de então, a Argentina colocou em prática ideias políticas e econômicas liberais, que incluíam a imigração irrestrita de europeus para o país, os quais forneciam a mão de obra barata para o crescimento e a prosperidade da nação.[11] Em 1908, a Argentina era um dos países mais ricos do mundo, com um rendimento per capita 70% superior ao da Itália, 90% superior ao da Espanha, 180% superior ao do Japão e 400% superior ao do Brasil.[12]

Essa imigração europeia em massa mudou o rosto da sociedade argentina,[9] tendo em vista que milhões de europeus chegaram a um país que tinha uma população relativamente pequena (a Argentina tinha 1 800 000 habitantes em 1869).[13] Devido a essa imigração em massa, o poeta mexicano Octavio Paz escreveu que "os argentinos são italianos que falam espanhol e que acham que são franceses" [14] e costuma-se dizer que "os argentinos descendem dos barcos".[15]

Porém, a ideia de que todos os argentinos são descendentes apenas de europeus é um mito que foi construído no país ao longo do século XX.[15] A maciça imigração europeia não afetou todas as regiões argentinas na mesma proporção. De acordo com o censo nacional de 1914, 30% da população argentina era estrangeira, incluindo 50% da população da cidade de Buenos Aires; todavia os imigrantes eram apenas 2% nas províncias de Catamarca e La Rioja (região Noroeste).[16][17]

Estudos genéticos mostram que, de fato, a Argentina é, depois do Uruguai, o país da América Latina onde a população tem, em geral, o maior grau de ancestralidade europeia. Porém, os mesmos estudos genéticos mostram que o argentino médio tem cerca de 19,4% de ancestralidade indígena, 78% europeia e 2,5% africana subsaariana.[18] 56% da população argentina tem DNA mitocondrial ameríndio, ou seja, descende de uma mulher indígena na linha materna.[19] Quanto mais distante de Buenos Aires, mais mestiça vai se tornando a população argentina e mais visível fica a ancestralidade indígena.[17][20]

Genética[editar | editar código-fonte]

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Descendentes de indígenas na província de Salta.

Na Argentina, a herança europeia é a predominante, mas com significativa herança indígena, e presença de contribuição africana também. Um estudo genético realizado em 2009 revelou que a composição da Argentina é 78,50% europeia, 17,30% indígena e 4,20% africana.[21] De acordo com um estudo genético autossômico de 2012 a composição da Argentina é a seguinte: 65% europeia, 31% indígena e 4% africana. O estudo em questão observou variações regionais, com algumas partes sendo mais indígenas e outras europeias, não obstante elas todas sejam mescladas, variando apenas o grau de mistura.[22]

Em Buenos Aires, um estudo genético encontrou contribuição indígena de 15,80% e africana de 4,30%.[23] Na região de La Plata, as contribuições europeia, indígena e africana foram, respectivamente, 67,55% (+/-2,7), 25,9% (+/-4,3), e 6,5% (+/-6,4).[24]

Argentinos célebres[editar | editar código-fonte]

  • Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, papa da Igreja Católica.
  • José de San Martín, general argentino cujas campanhas foram decisivas para as declarações de independência da Argentina, Chile e Perú.
  • Manuel Belgrano, advogado, político, economista e militar. Autor da bandeira argentina.
  • Domingo Faustino Sarmiento, político, maestro, escritor, presidente da Argentina.
  • Juan Domingo Perón, político.
  • Jorge Luis Borges, escritor.
  • Astor Piazzolla, bandoneonista e compositor.
  • Che Guevara, médico, político, escritor, jornalista e guerrilheiro.
  • Juan Manuel Fangio, automobilista.
  • Diego Maradona, ex-futebolista.
  • Julio Cortázar, escritor.
  • Carlos Saavedra Lamas, advogado, político, escritor, diplomata e Nobel da Paz.
  • Carlos Gardel, cantor de tango.
  • Eva Perón, política.
  • Lionel Messi, futebolista.
  • Alfredo Di Stéfano, ex-futebolista.
  • Bernardo Houssay, fisiologista, Nobel de Fisiologia ou Medicina.
  • Máxima dos Países Baixos, rainha dos Países Baixos.
  • Martha Argerich, pianista.
  • Daniel Barenboim, pianista, diretor musical.
  • Quino, cartunista.
  • Ernesto Sabato, escritor.
  • Juan Martín del Potro, tenista.
  • Manu Ginóbili, jogador de basquete.
  • Valeria Mazza, modelo, empresária.
  • Gabriela Sabatini, ex-tenista, uma das melhores tenistas femininas sul americanas.
  • Mercedes Sosa, cantora.
  • Luis Federico Leloir, médico, bioquímico e Nobel de Química.
  • Gustavo Cerati, músico, cantor, compositor de Soda Stereo (uma das bandas mais importantes da história do rock ibero-americano).
  • Libertad Lamarque, atriz.
  • César Milstein, bioquímico, Nobel de Fisiologia ou Medicina.
  • Luciana Aymar, jogadora de hóquei sobre a grama.
  • Ricardo Darín, ator.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Como é a personalidade de um argentino?
Categoria no Commons
Como é a personalidade de um argentino?
Categoria no Wikinotícias
  • Afro-argentino
  • Imigração italiana na Argentina

Referências

  1. a b c d e f g h i «Perfil migratorio de Argentina» (PDF). Consultado em 1 de junho de 2019. Arquivado do original (PDF) em 13 de março de 2016
  2. [1]
  3. «INEGI» (PDF). Consultado em 5 de dezembro de 2012. Arquivado do original (PDF) em 27 de abril de 2013
  4. «Proyecciones provinciales de población por sexo y grupos de edad 2001-2015». Gustavo Pérez (em espanhol). INDEC. 16 páginas. Consultado em 5 dezembro de 2012
  5. PRB
  6. UN Demographic Yearbook, 2007
  7. CIA World Factbook (5 de dezembro de 2012). «South America :: Argentina» (em inglês). Consultado em 3 de janeiro de 2013
  8. The genetic composition of Argentina prior to the massive immigration era: Insights from matrilineages of extant criollos in central-western Argentina
  9. a b Ribeiro, Darcy. As Américas e a Civilização - processo de formação e causas do desenvolvimento cultural desigual dos povos americanos. Companhia de Bolso, 2007.
  10. Inmigración en la década de los 80
  11. European Immigr opean Immigration in Ar ation in Argentina fr gentina from 1880 t om 1880 to 1914
  12. Bolt & Van Zanden 2013.
  13. «Cópia arquivada» (PDF). Consultado em 24 de abril de 2012. Arquivado do original (PDF) em 14 de dezembro de 2013
  14. L’emigrazione italiana in Argentina (Parte I)
  15. a b ‘Los Argentinos Descendemos de los Barcos’: The Racial Articulation of Middle Class Identity in Argentina (1920–1960)
  16. Population structure in Argentina
  17. a b High interpopulation homogeneity in Central Argentina as assessed by Ancestry Informative Markers (AIMs)
  18. Argentine Population Genetic Structure: Large Variance in Amerindian Contribution
  19. Clarín, ed. (16 de janeiro de 2005). «El 56% de los argentinos tiene antepasados indígenas». Consultado em 11 de maio de 2017. Cópia arquivada em 27 de maio de 2010
  20. Seldin, Michael F.; Tian, Chao; Shigeta, Russell; Scherbarth, Hugo R.; Silva, Gabriel; Belmont, John W.; Kittles, Rick; Gamron, Susana; Allevi, Alberto (março de 2007). «Argentine Population Genetic Structure: Large Variance in Amerindian Contribution». American journal of physical anthropology (3): 455–462. ISSN 0002-9483. PMC 3142769
    Como é a personalidade de um argentino?
    . PMID 17177183. doi:10.1002/ajpa.20534. Consultado em 12 de junho de 2021
  21. Corach, Daniel; Lao, Oscar; Bobillo, Cecilia; Gaag, Kristiaan Van Der; Zuniga, Sofia; Vermeulen, Mark; Duijn, Kate Van; Goedbloed, Miriam; Vallone, Peter M. (2010). «Inferring Continental Ancestry of Argentineans from Autosomal, Y-Chromosomal and Mitochondrial DNA». Annals of Human Genetics (em inglês) (1): 65–76. ISSN 1469-1809. doi:10.1111/j.1469-1809.2009.00556.x. Consultado em 12 de junho de 2021
  22. Avena, Sergio; Via, Marc; Ziv, Elad; Pérez-Stable, Eliseo J.; Gignoux, Christopher R.; Dejean, Cristina; Huntsman, Scott; Torres-Mejía, Gabriela; Dutil, Julie (10 de abril de 2012). «Heterogeneity in Genetic Admixture across Different Regions of Argentina». PLOS ONE (em inglês) (4): e34695. ISSN 1932-6203. PMC 3323559
    Como é a personalidade de um argentino?
    . PMID 22506044. doi:10.1371/journal.pone.0034695. Consultado em 12 de junho de 2021
  23. Avena, Sergio A.; Goicoechea, Alicia S.; Rey, Jorge; Dugoujon, Jean M.; Dejean, Cristina B.; Carnese, Francisco R. (2006). «[Gene mixture in a population sample from Buenos Aires City]». Medicina (2): 113–118. ISSN 0025-7680. PMID 16715758. Consultado em 12 de junho de 2021
  24. Martínez Marignac, Veronica L.; Bertoni, Bernardo; Parra, Esteban J.; Bianchi, Néstor O. (agosto de 2004). «Characterization of admixture in an urban sample from Buenos Aires, Argentina, using uniparentally and biparentally inherited genetic markers». Human Biology (4): 543–557. ISSN 0018-7143. PMID 15754971. doi:10.1353/hub.2004.0058. Consultado em 12 de junho de 2021

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Como é a personalidade dos argentinos?

O povo argentino é muito receptivo à “invasão de brasileiros”, sempre muito alegres, se esforçam para falar em português e não podem deixar de falar das praias brasileiras. Nas principais Universidades o carinho receptivo também é grande com os estudantes brasileiros que vivem em Buenos Aires.

O que os homens argentinos gostam?

“Os argentinos gostam de conquistar. São muito galantes, cavalheiros e adoram dizer cantadas bem elaboradas tipo.

Como são os argentinos na cama?

Segundo eles, aqui se vive o sexo de forma hipócrita. Argentinos preferem relação estável e caem na armadilha da falta de erotismo, consumido pela vida cotidiana.

Como são os homens argentinos no amor?

6) Eles são MUITO charmosos!: Não tem jeito, os argentinos têm o poder de serem extremamente charmosos. Não importa se são bonitos ou não, charmosos eles sempre serão. Fumantes geralmente me incomodam, mas até pra fumar eles têm um charme especial.